Brasil

Mulher estrábica mira em rival, mas mata a pessoa errada

De acordo com a polícia, Leonice Moreira brigou com a atual namorada de seu ex em um bar; porém, ao tentar atirar nela, acabou errando por conta do problema de visão

Fernando Jordão - Especial para o Correio
postado em 19/05/2017 20:01
Mulher estrábica que teria matado um homem por engano em Goiânia
Durante uma briga em um bar da região sudoeste de Goiânia (GO), um homem sem nenhum envolvimento com a confusão levou um tiro e morreu na hora. Segundo a polícia, a autora do disparo é estrábica e acabou alvejando a vítima por engano, enquanto tentava acertar a atual namorada de seu ex.

O caso aconteceu em 11 de março, mas as investigações só foram concluídas nesta sexta-feira (19/5). De acordo com o delegado Dannilo Proto, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios de Goiás (DIH-GO), a suspeita, Leonice Moreira de Sousa, 23 anos, estava no bar com alguns amigos, quando se envolveu em uma confusão com a atual de seu ex. "Depois de chegarem às vias de fato, a Leonice deixou o local com o irmão [Maico Douglas Sousa, 26 anos] e os dois voltaram armados", relatou Proto.

Quando retornou ao local, a dupla disparou abriu fogo. Foram efetuados vários disparos, mas nenhum deles acertou o alvo de Leonice. Quem acabou atingido foi José Paixão dos Santos, 59 anos, que estava do outro lado do bar e não tinha nenhum envolvimento com a confusão. "Após as investigações, nós concluímos que, por conta do problema visual que ela tem, ela mirou no desafeto e acertou a vítima", afirmou o delegado. José Paixão acabou morrendo no local.

Leonice está presa desde 16 de março. Já o irmão foi detido nesta semana. Ele assumiu o crime, enquanto ela nega que tenha efetuado os disparos. Segundo informou o delegado, um teste balístico foi realizado para confirmar que o tiro partiu da arma dela, mas o laudo ainda não está pronto. No entanto, ele explica que a realização de uma simulação no local do crime, baseada em relatos de testemunhas leva a crer que Leonice foi mesmo a autora do assassinato.

Os irmãos serão indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de cadeia. "Independente de ter sido um erro ou não, ela vai responder pelo assassinato", concluiu o delegado.

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