Brasil

Manifestação indígena é tomada por gás lacrimogêneo e bomba de efeito moral

Grupo que protestava no gramado em frente ao Congresso Nacional teria tentado invadir a Câmara e o Senado Federal. Quatro pessoas teriam sido presas, de acordo com as lideranças indígenas

postado em 25/04/2017 16:10
Grupo que protestava no gramado em frente ao Congresso Nacional teria tentado invadir a Câmara e o Senado Federal. Quatro pessoas teriam sido presas, de acordo com as lideranças indígenas
O protesto dos indígenas, que acontece na Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (25/4), terminou em confronto entre índios e policiais militares. Segundo a corporação, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram disparadas pelos militares após os manifestantes descumprirem um acordo feito com a Polícia Militar do Distrito Federal, de não bloquear a via S1. Exaltados, eles teriam tentado invadir, ainda, as casas legislativas. De acordo com as liderenças indígenas, quatro pessoas do grupo foram presas. A PMDF rebate a informação, alegando que ninguém foi preso ou ferido. Foram recolhidas mais de 50 flechas, que teriam sido lançadas contra os militares.
Grupo que protestava no gramado em frente ao Congresso Nacional teria tentado invadir a Câmara e o Senado Federal. Quatro pessoas teriam sido presas, de acordo com as lideranças indígenas
Os indígenas, que participam do Acampamento Terra Livre 2017, protestam para pedir pela demarcação de terras indígenas e contra ações do governo Michel Temer que, segundo eles, enfraquece a Fundação Nacional do Índio (Funai). Estava prevista para às 13h, uma marcha até o Congresso Nacional. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), os índios não cumpriram o acordo que fizeram e invadiram toda a S1 e o espelho d;agua e ameaçaram invadir o Congresso Nacional. Diante disso a PMDF utilizou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
Na pauta dos manifestantes também estão previstos atos contra a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 215, que transfere a decisão final da demarcação de terras indígenas do Executivo para o Legislativo. Para eles, isso irá causar mais prejuízos à causa indígena do Brasil.
O acampamento foi montado na última segunda-feira (24/4) e a expectativa é de que os indígenas permaneçam no local até sexta-feira (28/4). Outras marchas relacionadas a temas indígenas devem ocorrer nos próximos dias. Também são realizados debates entre líderes indígenas, palestras e atividades culturais. Segundo APIB, que promove o acampamento, cerca de 1,5 mil índios de todo o país estão em Brasília.
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