Um projeto com objetivo de levar o espírito natalino para perto dos moradores de rua vai espalhar árvores de natal para quem quiser doar presentes por toda a cidade de São Paulo, a partir de domingo (13/12). A ideia, segundo os idealizadores, é que a população seja o Papai Noel das pessoas que não têm lar.
A iniciativa do "Natal na Rua" surgiu há menos de um mês em uma conversa entre os jovens Gabriel Morais, 27 anos, e Rodrigo Castro, 30. Eles resolveram levar um pouco de alegria para aqueles que passam dificuldade. "Muitas pessoas nunca puderam viver a energia do Natal e é isso que queremos fazer, trazer um pouco de carinho a elas", explica Rodrigo. As cidades que quiserem "copiar" a ideia solidária podem ficar à vontade, basta entrar em contato com os organizadores e adotar a campanha.
Inicialmente, as árvores serão espalhadas por pontos da capital paulista e, para deixar os presentes, segundo Rodrigo, basta colocar o pacote embaixo da árvore. O projeto social tem recebido ajuda para montagem e por isso os criadores pretendem fazer um mutirão. "Vamos focar em locais que os moradores de rua costumam ficar, para ter mais visibilidade por eles."
Rodrigo, que trabalha como publicitário, conta que muitas pessoas questionaram como seria a garantia de que apenas moradores de rua pegariam os presentes. "Não podemos deixar de fazer essa ação com medo da má fé. Gente de má fé tem em todo lugar, mas isso não pode nos intimidar de fazer uma coisa legal para quem precisa", ressalta. Segundo ele, quem quiser doar, vai colocar o presente na árvore, e quem precisar, vai pegar. Os organizadores pedem para as doações priorizarem roupas, kit de higiene pessoal e brinquedos para as crianças.
O projeto ainda é pioneiro, mas a ideia é espalhar por todo Brasil. Se, em Brasília, por exemplo, alguém quiser fazer o mesmo na cidade, basta montar as árvores e esperar as doações.
Em oito dias desde o lançamento da campanha, 80 pessoas apoiaram financeiramente e já foram arrecadados R$ 3.690, mais da metade da meta final planejada pelos criadores. "Resolvi apoiar o projeto por ser uma forma de acolher as pessoas carentes e que moram nas ruas. Acredito que essa é apenas uma, em meio a tantas outras formas, de ajudar e lembrar daqueles que são sempre esquecidos", conta Daniela Lessio, 36 anos, uma das investidoras.
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