Para espanto da nação, o presidente Jânio Quadros renuncia. Na carta de renúncia, diz que foi 'vencido pela reação' e que se sente 'esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.'
A renúncia é aceita pelo Congresso. Jânio Quadros enfrentava uma crise política após ter se aproximado do bloco socialista. Carlos Lacerda, então Governador da Guanabara, levantava desconfianças contra ele ao acusa-lo de estar tramando um golpe de Estado
Os miliares relutaram em deixar o vice, João Goulart, tomar posse. Isso porque eles diziam que Jango poderia dar um golpe de Estado. Ele só foi aceito após o Congresso aprovar uma emenda constitucional instituindo o regime parlamentarista e dessa forma reduzindo os poderes do presidente
Após ter tido três primeiros-ministros em apenas 16 meses, em um plebiscito, 82% dos eleitores votaram pelo retorno ao presidencialismo
O STF suspende o mandato dos sargentos eleitos e centenas de sargentos, fuzileiros e soldados se rebelam em Brasília
O presidente começa a fazer comícios para buscar apoio para as reformas de base. No Rio de Janeiro, para mais de 150 mil pessoas, ele anuncia várias medidas, entre elas a expropriação de terras para a reforma agrária
A marcha é uma reposta para Jango e reuniu 500 mil pessoas em São Paulo
O general Olímpio Mourão Filho mandou às ruas, em direção ao estado da Guanabara, 6 mil homens com a missão de destituir Jango do poder. Ele antecipou os planos dos militares que articulavam destituir o presidente em uma semana. A operação contou com o apoio dos Estados Unidos, que temia que países da América do Sul se alinhassem aos comunistas, inimigos dos norte-americanos. Eles mandaram uma esquadra para o Brasil para caso fosse preciso pressionar Jango a sair do poder
João Goulart deixa o Brasil e pede asilo no Uruguai
O Congresso elege o general Castelo Branco, um dos articuladores do golpe, como novo presidente. Ele promete novas eleições para 1966, o que nunca aconteceu