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Barata gigante que se alimenta de patos, sapos e até cobras pode viver no Brasil


Pesquisadores do Japão descobriram informações interessantes sobre um inseto temido por muitos: a barata gigante aquática (cientificamente chamada Lethocerus indicus).

Por Flipar
- Ryan Hodnett/Wikimedia Commons

Popularmente chamada de “barata d’água”, ela não tem relação direta com as baratas domésticas, apesar da semelhança física.

Viethavvh /Wikimedia Commons

Esse animal é um caçador muito eficiente, capaz de se alimentar de vários outros insetos.

Robert Webster/Wikimedia Commons

Diferentemente de outras baratas, elas não possuem asas funcionais, embora tenham estruturas alares reduzidas.

- Flickr Lisa King

As espécies Lethocerus grandis e Lethocerus maximus são as maiores do grupo e podem medir até 12 centímetros – quase do tamanho da palma de uma mão!

Flickr david witherall

O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Nagasaki, que juntaram informações coletadas ao longo de muitos anos.

Reprodução

O que mais chama atenção nesses insetos é sua anatomia. Essas baratas têm patas dianteiras muito fortes e usam dessa vantagem para agarrar suas presas.

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As patas traseiras são adaptadas para natação, funcionando como remos, o que lhes permite deslocar-se com agilidade tanto para caçar quanto para fugir de predadores.

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A barata gigante aquática é um predador de emboscada. Ela se esconde entre folhas submersas e detritos, aguardando pacientemente o momento ideal para atacar.

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Quando algum animal desavisado passa perto, a barata gigante aplica uma toxina que paralisa a vítima antes de devorá-la.

Reprodução de Youtube

Segundo os cientistas, o cardápio desse predador inclui até patos, além de peixes, sapos, cobras(!) e tartarugas.

Reprodução de Youtube

As baratas d'água habitam principalmente lagos, rios e pântanos de águas calmas em regiões tropicais e subtropicais — especialmente na América do Norte, América Central, América do Sul, Sudeste Asiático e parte da Austrália.

Frank Vassen /Wikimédia Commons

Apesar do tamanho e da aparência intimidadora, esses insetos não são considerados perigosos para humanos, embora possam dar uma mordida extremamente dolorosa se forem manuseados de forma imprudente.

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O veneno injetado não é letal, mas o ferimento pode causar inchaço, dor intensa e, em alguns casos, reações alérgicas.

Reprodução de Youtube

Além do aspecto biológico, as baratas gigantes aquáticas também são conhecidas por seu comportamento reprodutivo curioso: em algumas espécies, os machos são responsáveis por cuidar dos ovos, que as fêmeas depositam em suas costas.

Jhou5/Wikimédia Commons

O macho carrega os ovos até que eles estejam prontos para eclodir, garantindo maior proteção contra predadores e evitando que os ovos se afoguem ou sequem.

???/Wikimédia Commons

Quando estão na fase adulta, algumas subespécies dessas baratas se tornam aptas a voar, atraídas por luzes artificiais à noite.

Loxdale/Wikimédia Commons

Culturalmente, esse inseto é considerado uma iguaria em alguns países asiáticos, como Tailândia e Vietnã, onde é frito e vendido em feiras livres

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Apesar da sua má fama, as baratas gigantes aquáticas desempenham um papel importante no equilíbrio ecológico dos habitats que ocupam, controlando populações de pequenos animais aquáticos e contribuindo para a saúde do ecossistema.

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Quando sua população diminui, isso pode indicar problemas ambientais, como poluição ou presença de espécies invasoras. Segundo o pesquisador Shin-ya Ohba, proteger esses insetos pode contribuir para a conservação de ecossistemas inteiros.

Skye McDavid /Wikimédia Commons

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