O diferencial do serviço é permitir que os clientes escolham até três ingredientes para montar seus próprios pastéis, com direito a repetições e bebidas à vontade, como caldo de cana.
A iniciativa impulsionou o faturamento da empresa em 40% desde sua criação, em 2021. Em 2024, o negócio fundado por Jorge Ciconello faturou R$ 2,1 milhões.
O rodízio custa R$ 119,90 durante a semana e R$ 139,90 aos fins de semana e feriados, sempre para duas pessoas, incluindo esfihas e bebidas diversas.
Para evitar desperdícios, cada cliente pode montar quatro pastéis por vez, com unidades de 100g. São mais de 50 ingredientes disponíveis, entre doces e salgados.
Antes do rodízio, a pastelaria já chamava atenção pelo inusitado sistema de venda de pastéis por quilo — cada 100g custa R$ 10,90.
Desde a inauguração em 2018, o maior pastel já registrado pesou 2,3 kg. A casa também oferece combos com pastéis salgados e doces de diferentes tamanhos e atua com delivery.
Inspirado pelos pais empreendedores, Ciconello quis criar uma marca diferenciada, focada em atendimento e experiência do cliente.
Agora, com o sucesso do rodízio, ele planeja expandir a The Paztel por meio de franquias, previstas para serem lançadas no segundo semestre de 2025.
O pastel com caldo de cana, aliás, é uma das combinações mais queridas e tradicionais da culinária popular brasileira, presente em feiras livres, lanchonetes, praças e até em rodízios mais sofisticados, como o da The Paztel.
Mas essa dupla vai muito além do sabor: representa afeto, memória afetiva e identidade cultural para milhões de brasileiros.
O pastel tem origens incertas, com influências chinesas, portuguesas e japonesas, mas foi no Brasil que ele ganhou sua cara mais conhecida: massa crocante, frita na hora, recheada com os mais variados ingredientes — carne, queijo, frango, pizza, chocolate, doce de leite, entre muitos outros.
Já o caldo de cana, extraído na hora da cana-de-açúcar espremida, tem um sabor doce e natural que complementa perfeitamente a gordura e o sal do pastel.
Juntos, os dois formam uma refeição rápida, barata e extremamente popular. Além do apelo gastronômico, pastel e caldo de cana têm um papel social muito forte.
São protagonistas nas feiras de rua, pontos de encontro entre vizinhos, comerciantes e consumidores. Muitas famílias têm o costume de visitar feiras aos fins de semana para saborear um pastel fresquinho acompanhado do suco de cana gelado.
Para pequenos empreendedores, afinal, essas vendas representam fonte de renda e sustento, especialmente em tempos de crise.
Hoje, a dupla segue se reinventando. Pastelarias modernas apostam em versões gourmet, veganas, e até rodízios personalizados. O caldo de cana, por sua vez, também aparece com toques inovadores, como adição de gengibre ou limão.
Ainda assim, o espírito da tradição continua: comida simples, feita com ingredientes acessíveis, mas cheia de significado.
Mais do que um simples lanche, o pastel com caldo de cana é uma verdadeira instituição cultural no Brasil, fazendo parte do cotidiano de milhões de pessoas.
Nas feiras de bairro, nas pausas do trabalho, nos encontros de fim de semana ou nas lembranças afetivas de infância, é um símbolo da comida acessível, saborosa e cheia de identidade brasileira