Chamado de Monumento Yonaguni, a estrutura tem cerca de 27 metros de altura.
Suas características — como degraus angulares e plataformas planas — sugerem uma possível origem artificial, levando alguns a chamá-lo de 'Atlântida do Japão'.
Teorias propõem que ele tenha mais de 10 mil anos, o que o tornaria mais antigo que as pirâmides do Egito e Stonehenge, desafiando a cronologia tradicional do desenvolvimento humano.
Possivelmente, a estrutura era ligada ao mítico continente conhecido como Lemúria.
O debate sobre a origem do Monumento de Yonaguni voltou à tona em abril de 2024, após o autor Graham Hancock e o arqueólogo Flint Dibble discutirem o tema no podcast 'Joe Rogan Experience'.
'Já vi muitas coisas naturais malucas e não vejo nada aqui que me lembre arquitetura humana', afirmou Dibble.
Por outro lado, Hancock citou possíveis indícios de construção humana, como degraus esculpidos e até um suposto rosto gravado na pedra.
Ele comparou Yonaguni a Göbekli Tepe (Turquia), uma das estruturas mais antigas conhecidas (~9500 a.C.).
Céticos, como o geólogo Robert Schoch, explicam as formações como fruto de fraturas naturais em arenito, comuns em regiões tectonicamente ativas, como é o caso do Japão.
As Ilhas Ryukyu, região onde a estrutura foi encontrada, formam um extenso arquipélago localizado no extremo sul do Japão, estendendo-se do sudoeste de Kyushu até perto de Taiwan, no Mar da China Oriental.
Esse conjunto de ilhas é conhecido não apenas pela sua beleza natural exuberante, mas também por sua rica herança cultural, distinta do restante do Japão.
A maior e mais importante ilha do grupo é Okinawa, que abriga a capital, Naha (foto), e é um centro político, econômico e cultural da região.
O dialeto e as tradições locais, como a música tocada com o sanshin (instrumento de cordas típico), as danças tradicionais e a culinária — que mistura elementos japoneses, chineses e do sudeste asiático — conferem uma identidade única ao povo ryukyuan.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as Ilhas Ryukyu, em especial Okinawa, foram palco de intensos combates, o que deixou marcas profundas tanto na paisagem quanto na memória da população.
Após o conflito, as ilhas ficaram sob administração dos Estados Unidos até 1972, quando foram devolvidas oficialmente ao Japão.
Hoje, as Ilhas Ryukyu são um destino turístico popular, atraindo visitantes por suas praias paradisíacas e recifes de coral (excelentes para mergulho).