Em um evento recente, ele anunciou que, em cerca de dez anos, muitas pessoas vão trocar seus smartphones por óculos de realidade aumentada.
Zuckerberg afirmou que, no futuro, a tendência é que os óculos inteligentes sejam usados para tudo — desde mensagens até chamadas e entretenimento.
'Dentro de 10 anos, muitas pessoas já não carregarão mais seus telefones consigo, usarão seus óculos para tudo', afirmou o bilionário.
A fala de Zuckerberg vem num momento que a empresa dele acaba de lançar um novo modelo do seu óculos de realidade virtual.
Durante o Meta Connect 2024, a empresa lançou o Meta Quest 3S, a versão mais barata dos óculos inteligentes da Meta.
O dispositivo faz quase tudo que o modelo anterior (o Quest 3) fazia, mas por um preço menor: US$ 299,99 (cerca de R$ 1.760).
A versão vem com com 128 GB e 512 GB de armazenamento interno. A ideia é que mais pessoas possam experimentar essa tecnologia.
De acordo com Zuckerberg, os smartphones são limitados e 'afastam as pessoas das interações reais com outras pessoas'.
Com esses óculos, os usuários veem informações digitais sobrepostas ao mundo real.
O usuário pode jogar, ver filmes, mandar mensagens e até trabalhar, tudo sem precisar pegar no celular.
Se essa ideia se tornar realidade, o conceito de smartphone como é conhecido hoje pode mudar drasticamente nas próximas décadas.
Por enquanto, ainda não há previsão de chegada do Meta Quest 3S no Brasil.
A ideia de realidade virtual (RV) não é nova – suas raízes remontam aos anos 1960, quando Morton Heilig criou o Sensorama, uma máquina que combinava imagens 3D, som, vibração e até aromas para simular experiências.
No entanto, os primeiros óculos de RV modernos surgiram apenas nas décadas seguintes, com destaque para o 'Sword of Damocles' (1968), de Ivan Sutherland, um sistema pesado e rudimentar que exigia suporte mecânico.
Nos anos 1990, empresas como a Sega e a Nintendo tentaram popularizar dispositivos de RV, como o Virtual Boy, mas as limitações tecnológicas da época resultaram em fracassos comerciais.
Foi apenas a partir dos anos 2010 que a tecnologia avançou o suficiente para tornar os óculos de RV viáveis, graças a melhorias em gráficos, sensores de movimento e processamento.
Um marco importante foi o Oculus Rift, inicialmente um projeto independente financiado por crowdfunding em 2012.
Seu sucesso levou à aquisição pela Meta (então Facebook) em 2014, o que impulsionou o desenvolvimento de dispositivos mais avançados e acessíveis para o público geral.
Em 2014, a Google lançou o Google Glass voltado para consumo geral, mas o dispositivo fracassou por conta de limitações técnicas e preocupações com privacidade.
Hoje, os principais modelos incluem o Microsoft HoloLens (focado em aplicações empresariais e industriais), o Magic Leap (com ênfase em entretenimento e criatividade) e o mais recente Apple Vision Pro (foto), que combina realidade aumentada (RA) e RV.