As imagens foram registradas no fim de 2024, mas só foram divulgadas em março de 2025.
O episódio aconteceu durante uma expedição no golfo de Hauraki, conduzida por cientistas da Universidade de Auckland, que estudavam predadores marinhos.
A pesquisadora Rochelle Constantine contou que, quando viu o tubarão, estranhou: 'Que negócio laranja é este no tubarão?'
Ela chegou a pensar que fosse um machucado ou até uma boia presa na pele do tubarão.
Para esclarecer a dúvida, a equipe usou um drone para obter uma visão melhor.
Eles descobriram que o polvo, da espécie maori, se prendeu na 'garupa' de um tubarão-mako.
Esse tubarão, que pode ser encontrado desde a superfície até profundidades de 150 metros, é um dos mais velozes do oceano, chegando a mais de 80 km/h.
Rochelle brincou que o polvo deve ter vivido 'uma aventura e tanto' ao surfar em cima de um predador tão rápido.
Existem duas espécies principais: o mako-de-barbatana-curta (Isurus oxyrinchus) e o mako-de-barbatana-longa (Isurus paucus).
O mako-de-barbatana-curta, o mais conhecido, pode atingir velocidades de até 74 km/h, o que o torna um predador altamente eficiente.
Seu corpo hidrodinâmico e musculatura poderosa permitem movimentos rápidos, essenciais para capturar presas como atuns, cavalas e lulas.
São encontrados em águas tropicais e temperadas ao redor do mundo, preferindo regiões oceânicas mais profundas.
Apesar de seu papel fundamental no ecossistema marinho, os makos estão ameaçados devido à pesca excessiva, tanto acidental quanto direcionada, já que sua carne e barbatanas são valorizadas no mercado.
Além de sua importância ecológica, esses tubarões são conhecidos por sua agressividade quando capturados, tornando-se um desafio para pescadores.
Já o polvo-maori (Macroctopus maorum) é uma espécie de polvo encontrada nas águas temperadas do sul da Austrália, Nova Zelândia e Ilhas Falkland.
Também conhecido como polvo-da-Nova-Zelândia, esse molusco é um dos maiores polvos da região, podendo atingir até 3 metros de envergadura e pesar mais de 10 kg.
Como outras espécies de polvos, o polvo-maori possui uma notável inteligência, sendo capaz de resolver problemas, abrir conchas e até mesmo escapar de aquários.
Além disso, o polvo-maori tem uma alta capacidade de regeneração, podendo inclusive recuperar tentáculos perdidos.