Trata-se do camarão-louva-a-deus palhaço, também chamado de camarão Mantis ou lagosta-boxeadora.
Seu 'soco' é tão potente que pode quebrar uma concha com a mesma intensidade de um tiro de arma calibre .22, sem se machucar.
O nome 'clava dáctila' remete à arma clava (um tipo de porrete) e ao dáctilo, uma estrutura presente na anatomia dos moluscos.
“Para executar repetidamente esses ataques de alto impacto, a 'clava dáctilo' do camarão-louva-a-deus deve ter um mecanismo de proteção robusto para evitar danos a si mesmo”, explicou Horacio Espinosa, engenheiro que assina o estudo.
“Descobrimos que ele usa mecanismos fonônicos. Isso permite que o camarão preserve sua capacidade de ataque em múltiplos impactos e evite danos aos seus tecidos moles”, pontuou.
Pesquisadores sugerem que a estrutura da 'clava dáctila' da lagosta, formada por camadas de fibras mineralizadas dispostas em formato de V, confere resistência à estrutura.
Essa teoria foi testada recentemente por pesquisadores da Universidade Northwestern, que realizaram vários experimentos para comprovar a hipótese.
Para o estudo, pesquisadores usaram lasers e pulsos de alta frequência para investigar como as ondas de choque atravessam a pata da lagosta-boxeadora.
Os resultados mostraram que a camada externa da pata possui fibras semelhantes a espinhas de peixe, que resistem aos golpes, enquanto a estrutura interna absorve as ondas de choque, protegendo os membros da lagosta de sofrerem danos.
Ela é um predador voraz e se alimenta de moluscos, caranguejos, peixes e outros crustáceos.
Seus golpes podem atingir uma velocidade de 80 km/h, formando bolhas de ar que estouram com grande energia, causando um tipo de explosão microscópica.
Outra característica impressionante da lagosta-boxeadora é sua visão. Ela possui um dos sistemas visuais mais complexos do mundo animal, com olhos que contêm até 16 tipos de fotorreceptores (enquanto os humanos têm apenas três).
A lagosta-boxeadora usa suas cores vibrantes, que variam entre tons de verde, azul, laranja e vermelho, tanto para se camuflar quanto para intimidar rivais ou predadores.