O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, com lançamento previsto para o mês de maio de 2027, possibilitará a captação de imagens de galáxias próximas em alta resolução e dimensões jamais vistas.
A partir de um maior campo de visão, a expectativa é que o telescópio dê aos astrônomos novos elementos para os estudos da formação e evolução das galáxias.
Além de permitir avanços no conhecimento sobre o universo, os cientistas esperam que o novo telescópio traga novas informações para questões relativas à Via Láctea, galáxia em que situa-se o sistema solar do qual o Planeta Terra faz parte.
O nome é uma homenagem à astrônoma Nancy Grace Roman, a primeira executiva mulher da Nasa. Ela teve um papel central no desenvolvimento do telescópio Hubble, lançado em 1990 e responsável por mudar a visão humana sobre o universo.
A foto mostra o complexo de nebulosas Rho Ophiuchi, que fica a 394 anos-luz do nosso planeta.
O James Webb é o sucessor do Hubble (foto), lançado em 1990 e que segue em atividade. Muito maior e mais poderoso, o JW tem trabalho diferente do Hubble: sua função é descobrir como o universo foi criado - área em que o Nancy Grace Roman promete avançar ainda mais.
Em 2002 foi iniciada a construção e o projeto passou a ter o nome de James Webb (foto), administrador da NASA que liderou o projeto Apollo nos anos 60.
O projeto foi colocado na prática, mas teve muitos adiamentos. A primeira previsão era ter sido lançado em 2007. E o custo inicial foi estimado em US$ 2 bilhões. A realidade: lançamento em 25/12/2021 e custo de US$ 10 bilhões.
As lentes do telescópio foram projetadas para verem a luz muito mais longe, ou seja, o passado. Quando você vê uma estrela, está observando uma iluminação projetada há milhares ou milhões de anos. Talvez a estrela nem exista mais. O Webb pode ver de onde vem a luz muito antes de ela chegar aos nossos olhos.
O motivo: o infravermelho consegue ver através da poeira (muito comum no espaço). Exemplo: na foto, a parte nublada é poeira cósmica.