A descoberta, feita na província de Liaoning, no nordeste da China, foi publicada em 24 de janeiro na revista Science Bulletin.
Batizada de Jeholia longchengi, em referência ao sítio paleontológico Jehol Biota e à província de Liaoning, essa é a primeira espécie de escorpião da era mesozoica identificada no país.
O Jehol Biota é conhecido por preservar fósseis raros do Cretáceo Inferior, incluindo dinossauros emplumados, aves primitivas e plantas pré-históricas.
Diferente da maioria dos fósseis de aracnídeos da época, que são preservados em âmbar, este foi encontrado em sedimentos, uma condição rara devido ao habitat desses animais.
Com 10 centímetros de comprimento, o escorpião era maior que outros da mesma era e possuía características únicas, como pernas alongadas e pedipalpos finos, sugerindo uma dieta baseada em aranhas, lagartos e pequenos mamíferos.
Segundo os pesquisadores, ele poderia ser um predador eficiente em ecossistemas atuais.
No entanto, como o fóssil não está completamente preservado, sua posição exata na cadeia alimentar do ecossistema do Cretáceo Inferior, que incluía pássaros primitivos, mamíferos e dinossauros, ainda é incerta.
Em janeiro/25, uma outra espécie de escorpião chamada Tityus achilles, que é capaz de espirrar veneno, foi descoberta na Colômbia.
É a primeira espécie sul-americana de escorpião capaz de pulverizar veneno. Antes, essa habilidade era registrada apenas na América do Norte e na África.
Diferente da picada convencional, a pulverização permite que o escorpião dispare um jato tóxico para afastar predadores, mirando especialmente olhos e nariz.
Testes de laboratório mostraram que o jato pode alcançar até 36 cm e, em alguns casos, a toxina liberada parecia ser um pré-veneno menos potente.
Como T. achilles também pode picar, acredita-se que essa pulverização seja uma estratégia defensiva mais econômica para evitar o uso do veneno mais forte.
Os escorpiões são artrópodes da classe Arachnida e pertencem à ordem Scorpiones. Eles são conhecidos por seu corpo segmentado, oito patas e uma cauda curva que termina em um ferrão venenoso.
Esses animais têm hábitos noturnos, caçam insetos e pequenos animais, e usam suas quelíceras para imobilizar a presa antes de injetar veneno.
Encontrados em quase todos os continentes, ele se adaptaram a diferentes habitats, desde desertos áridos até florestas tropicais e cavernas úmidas.
Entre as principais espécies, destaca-se o Androctonus australis, conhecido como escorpião-amarelo, encontrado no norte da África e no Oriente Médio.
Ele possui um veneno altamente tóxico, sendo um dos escorpiões mais perigosos do mundo.
Já o Leiurus quinquestriatus, o escorpião-da-morte, também encontrado no Oriente Médio e na África, tem um veneno extremamente potente, capaz de causar sérios danos ao sistema nervoso humano.
No Brasil, existem duas das espécies mais relevantes: o escorpião-amarelo brasileiro, que se reproduz por partenogênese (sem necessidade de machos) e está associado a acidentes urbanos;
E o escorpião-marrom, encontrado em regiões mais rurais, com veneno menos potente, mas ainda perigoso.
Apesar da reputação perigosa, apenas cerca de 30 das mais de 2.500 espécies conhecidas apresentam risco significativo para humanos.
O Pandinus imperator, conhecido como escorpião-imperador, é um desses exemplos. Originário da Ãfrica, ele é grande e robusto, mas seu veneno é fraco, sendo frequentemente criado como animal de estimação.