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Selton Mello fala de sofrimento por vício em remédios para emagrecer


Selton Mello revelou em recente entrevista à revista “GQ Brasil” que teve de lidar com transtornos de saúde por mais de uma década pelo uso de medicamentos para moderar apetite e emagrecer. As exigências da profissão, em que precisa adaptar o físico ao personagem, afetaram o bem-estar do ator e o levaram a um quadro de depressão.

Por Flipar
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“Virou uma muleta. Precisei perder muito peso para ‘Lavoura Arcaica’ (2001) e ficar extremamente magro, quase um esqueleto”, afirmou o ator. Selton Mello contou que passou a usar anfetaminas, diuréticos e chegou a ficar sem comer, ingerindo apenas líquidos.

Humor Multishow/Wikimedia Commons

“Depois do ‘Lavoura’, fiz o Auto. O Chicó é magrinho daquele jeito porque eu estava drogado”, revelou, referindo-se ao primeiro “O Auto da Compadecida”, sucesso nas telonas em 2000.

Cintas Perdidas/Wikimedia Commons

“Virou uma roleta-russa. Eu parava, engordava, começava outro filme e voltava às anfetaminas. Esse efeito sanfona refletia um amor pelos personagens, mas um desamor por mim mesmo”, desabafou.

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Selton Mello declarou que o problema tornou-se ainda mais crítico durante as filmagens de “Jean Charles” (2009), quando triplicou o uso de anfetamina sem que a substância fizesse efeito e ainda resultasse em episódios de compulsão alimentar. “Chegava a comer um balde de frango inteiro sozinho”. confessou o ator, que acabou buscando ajuda profissional para livrar-se do problema.

Tony Jacobs/Divulgação

Aos 52 anos, Selton Mello está em alta nos cinemas. Em 'Ainda Estou Aqui', filme cotado para representar o Brasil no Oscar 2025, ele interpreta o deputado Rubens Paiva, que desapareceu após ser preso por militares. Fernando Torres, que faz no filme a personagem principal, Eunice Paiva, levou o Globo de Ouro como melhor atriz de drama.

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Selton também está na aguardada sequência de 'O Auto da Compadecida', um dos maiores clássicos do cinema brasileiro que estreou em dezembro nos cinemas brasileiros.

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Selton Mello é natural da cidade de Passos, em Minas Gerais. Ele nasceu no dia 30 de dezembro de 1972.

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Ele começou sua carreira artística ainda na infância, participando de comerciais e telenovelas. Aos 7 anos, já se destacou na novela 'Corpo a Corpo' (1984).

Instagram @seltonmello

Durante os anos 1990, Selton se tornou conhecido nacionalmente por seu trabalho em novelas e minisséries como 'Pedra Sobre Pedra' (1992), 'Tropicaliente' (1994) e 'A Indomada' (1997).

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No cinema, Selton entregou performances marcantes em filmes como 'O Auto da Compadecida' (2000) e 'Lisbela e o Prisioneiro' (2003 - foto), que ajudaram a solidificar de vez sua carreira.

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Selton também é lembrado por papéis mais desafiadores, como o de André no drama 'Lavoura Arcaica' (2001).

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Em 2006, ele brilhou ao viver o controverso personagem Lourenço em 'O Cheiro do Ralo'.

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Além de atuar, Selton Mello tem uma carreira de destaque também como diretor. Ele dirigiu os aclamados filmes 'Feliz Natal' (2008), 'O Palhaço' (2011) e 'O Filme da Minha Vida' (2017).

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Em 'O Palhaço', ele também atuou como protagonista, mostrando sua habilidade de transitar entre funções criativas.

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Na televisão, Selton continuou sua trajetória de sucesso em séries aclamadas, como 'Sessão de Terapia' (2019-2021), na qual interpretou o psicoterapeuta Caio Barone.

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Outro marco em sua carreira foi a série 'O Mecanismo' (2018-2019), da Netflix, na qual interpretou Marco Ruffo, um investigador envolvido na operação Lava Jato.

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Selton também ficou muito conhecido pela dublagem e já deu voz a diversos personagens marcantes, como Charlie Brown em 'A Turma do Charlie Brown' (1983) e Brandon Walsh no clássico 'Os Goonies' (1985), entre outros.

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Reconhecido por sua discrição na vida pessoal, Selton Mello mantém um perfil mais reservado no dia a dia, longe dos holofotes e das páginas de fofoca.

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