A colisão aconteceu quando o monomotor se preparava para pousar em Eirunepé. Segundo o Aeroporto de Envira e a empresa responsável pela aeronave, o impacto poderia ter quebrado o para-brisa. No entanto, o piloto fez um pouso seguro.
De forma inusitada, o animal morto aparecia preso à estrutura de vidro em vídeos do interior do avião. Passageiros compartilharam as imagens da aeronave nas redes sociais.
Isso mostra os riscos da vida selvagem para a aviação, sobretudo em áreas onde avistamentos de aves são comuns. É necessário, portanto, o desenvolvimento de estratégias eficazes para lidar com encontros inesperados entre aeronaves e a fauna local.
O aeródromo fica perto a um lixão municipal, onde tem resíduos, inclusive hospitalares e abate de animais. Algo que atrai aves de rapina e que buscam carniça, como os urubus.
Bird strike é o nome dado na aviação para a colisão entre uma aeronave e aves, geralmente ocorrendo durante decolagens, pousos ou aproximações, quando os aviões estão em altitudes mais baixas.
Como exemplo, teve o 'Milagre no Hudson' em 2009, quando o Voo US Airways 1549 colidiu com gansos-canadenses, resultando em um pouso de emergência bem-sucedido no rio Hudson, salvando as 155 pessoas a bordo.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e o Ministério Público estadual já foram informados das condições irregulares do local.
No primeiro sábado de setembro, comemora-se o Dia Internacional de Conscientização sobre os Urubus. A data foi escolhida com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância que os urubus têm para o ambiente e para os humanos.
Os urubus são animais que não constroem ninhos. Para colocar seus ovos, utilizam fendas em penhascos ou árvores ocas. Nas grandes cidades, os urubus podem utilizar sacadas de prédios para colocar seus ovos.
O urubu é uma ave acipitriforme da família dos catartídeos (Cathartidae). Elas são habitantes de zonas tropicais e semitropicais, desde o México à Argentina. Além disso, estão presentes em todo território brasileiro, sendo um animal comum e bem conhecido no país.
Alimentam-se basicamente de cadáveres e têm o olfato extremamente apurado, capazes de detectar um pequeno cadáver a grandes distâncias
Eles são famosos pelo hábito de se alimentar de carniça, tal qual o abutre. Apesar da prática parecer desagradável torna-se essencial para a limpeza do ambiente.
Desse modo, ao consumir animais mortos (necrófago), os urubus ajudam a evitar a propagação de doenças, eliminando bactérias perigosas como as que causam botulismo e peste.
Embora tenham comportamentos semelhantes ao dos abutres, esses animais fazem parte de famílias de aves distintas.
Os abutres são animais muito semelhantes fisicamente com os urubus e ambos se destacam por se alimentarem de animais mortos. Entretanto, os abutres pertencem a outra família de aves, a Accipitridae, mais próximas de águias e gaviões.
Ambos são aves necrófagas, mas os abutres geralmente buscam seu alimento com auxílio da visão, enquanto os urubus dependem mais do olfato.
Os abutres possuem bico afiado para rasgar a carne, enquanto os urubus têm bicos mais curtos e arredondados.
Os urubus não possuem penas na cabeça e no pescoço, o que evita o acúmulo de restos alimentares e uma possível contaminação por microorganismos.
O urubu-rei (Sarcoramphus papa) é um dos maiores urubus do Novo Mundo, com comprimento total variando de 67 a 81 centímetros e envergadura de 1,2 a 2 metros.
O urubu-rei tem cabeça e pescoço nus, pintados de vermelho, amarelo e alaranjado, a parte superior do corpo amarelo-clara, esbranquiçada, asas e cauda pretas, o lado inferior branco, com plumagem branca e negra.
No Brasil, é possível encontrar cinco espécies desses animais: urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura), urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus), urubu-rei (Sarcoramphus papa) e urubu-da-mata (Cathartes melambrotus).
Por se alimentarem de animais em decomposição, os urubus são bastante encontrados em cidades que apresentam problema de saneamento básico. Eles são vistos em lixões, matadouros e em locais em que há lixo disperso.