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Conheça Damasco, capital da Síria e uma das cidades mais antigas do mundo


Grupos rebeldes anunciaram a tomada do poder na Síria e a derrubada do regime de Bashar al-Assad, depois de 24 anos. Em meio à possível transição no país, o Flipar mostra que Damasco, capital, é uma das mais antigas do mundo e tem importância histórica e social na região.

Por Flipar
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'A minha partida da Síria não foi planejada nem ocorreu nas horas finais das batalhas, como alguns afirmaram. Pelo contrário, permaneci em Damasco, cumprindo minhas obrigações até as primeiras horas de 8 de dezembro', disse Assad.

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Uma das cidades mais antigas do mundo, Damasco remonta a pelo menos 2.500 a.C., com menções em textos egípcios e mesopotâmicos. Ela é habitada continuamente há mais de 4.000 anos, sendo Patrimônio Mundial da UNESCO.

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Afinal, a localização da capital da Síria é estratégica, entre o rio Barada e as rotas comerciais. Isso faz dela um importante centro cultural e comercial.

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A cidade foi dominada por diversas civilizações, incluindo arameus, assírios, romanos e islâmicos, que moldaram sua rica história.

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Damasco era parte da antiga província de Amurru, no Reino dos Hicsos de 1720 a 1 570 a.C. Alguns dos primeiros registros egípcios são as Cartas de Amarna de 1 350 a.C., quando a cidade foi governada pelo rei Biryawaza.

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Durante o período islâmico, Damasco foi a capital do Califado Omíada (661-750 d.C.), marcando seu auge político e cultural.

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Além disso, a cidade enfrentou invasões dos mongóis e cruzados, mas conseguiu preservar seu papel como centro estratégico.

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A região de Damasco, assim como o resto da Síria, tornou-se um campo de batalha por volta de 1 260 a.C., entre os hititas desde o norte e os egípcios do sul. Fato que contribuiu para o desenvolvimento da cidade na transição da Idade do Bronze à Idade do Ferro.

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Damasco fica em um planalto situado a 690 metros acima do nível do mar e é limitada pela cordilheira Antilíbano a oeste e pelo deserto da Síria a leste. A cidade fica no oásis de Guta e a água que a abastece vem do rio Barada.

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A Cidade Antiga de Damasco concentra-se em uma extensa Cidade Velha, que abrange o gigantesco souk (mercado), um grande bairro muçulmano, um bairro menor cristão e uma minúscula zona judaica.

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Damasco disputa, com Jericó, na Cisjordânia, e Biblos, o título de cidade mais antiga continuamente habitada do mundo, sendo a cidade-capital mais antiga do planeta.

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A economia de Damasco baseia-se em produtos alimentícios, vestuário e material impresso. A cidade possui uma tradição artesanal importante, produzindo têxteis, sedas, artigos de couro, filigrana de ouro, objetos em prata e artigos em cobre e latão.

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Atualmente, a cidade é conhecida por seus mercados tradicionais, como o Souq al-Hamidiyah, que vende de tudo, inclusive especiarias e tecidos.

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A agricultura ao redor de Damasco, com base no rio Barada, sempre foi crucial para seu abastecimento. Outro ponto significativo na economia é o turismo religioso e cultural, atraindo visitantes de todo o mundo.

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Damasco é a capital da Síria desde 1946, sendo o centro político e administrativo do país. Assim, a cidade desempenhou um papel crucial no movimento pan-árabe e nas lutas pela independência no século XX.

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A Mesquita Omíada guarda relíquias importantes, incluindo um santuário dedicado a João Batista, reverenciado por cristãos e muçulmanos.

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Assim, localizada no coração de Damasco, foi construída no início do século VIII pela califa omíada Al-Walid I. Essa rica história faz dela um símbolo de continuidade e convivência de diferentes culturas e religiões na região.

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Destacam-se os mosaicos dourados que adornam suas paredes, representando paisagens paradisíacas. Além de seu impressionante pátio e o minarete conhecido como 'Minarete de Jesus', ligado a referência sobre o retorno de Jesus no islamismo.

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Ao longo dos anos, a Praça Omíada também se tornou um local simbólico de celebrações, manifestações e eventos culturais em Damasco.

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Ela é um marco da cidade que conecta a história ancestral da Síria com sua vida contemporânea, destacando a importância histórica da dinastia omíada

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A mesquita abriga um santuário no qual acredita-se estar preservada a cabeça de João Batista, que é considerado um Profeta do Islã e chamado Yahya.

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A capela de São Paulo foi reconstruída em 1867 e reestruturada em 1973. Em Damasco, acha-se também o lugar em que a tradição coloca o episódio da conversão do santo, no bairro Al Tabbaleh, onde os franciscanos da Custódia da Terra Santa haviam edificado uma capela, em 1925.

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Apesar dos desafios, a cidade permanece um símbolo de resistência e identidade nacional para os sírios e pode ajudar o país nesta transição política

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