Depois de terem sido criados em cativeiro e serem libertados em áreas muito distantes uma da outra em 2014, Boris (o tigre macho) percorreu mais de 200 km para se reencontrar com Svetlaya, sua antiga companheira.
Criados com contato humano mínimo e treinados para caçar presas vivas, os tigres foram soltos em áreas diferentes com rastreadores GPS. Eles fazem parte do programa de reintrodução da espécie em Pri-Amur, na fronteira entre Rússia e China.
Após o reencontro, Boris e Svetlaya formaram um casal e tiveram uma ninhada de filhotes, marcando o sucesso do projeto e contribuindo para a recuperação da espécie na região.
Durante muito tempo, a caça predatória em busca de suas peles reduziu drasticamente a população desses tigres, levando à sua extinção no Cazaquistão, um de seus principais habitats na Ásia Central.
Agora, após 70 anos de extinção, o tigre-siberiano vem sendo reintroduzido em seu habitat natural graças aos esforços de especialistas que se uniram e se empenharam pela preservação da espécie.
Graças ao empenho do governo do Cazaquistão, com o apoio de especialistas do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a espécie foi reintroduzida na região.
O processo começou a ser feito a partir de um casal de tigres-siberianos, que foi transferido do Santuário Anna Paulowna, nos Países Baixos, para a Reserva Natural Ile-Balkhash, no Cazaquistão.
Bodhana e Kuma, foram colocados em um recinto semi-natural de três hectares dentro da reserva.
A expectativa agora é que seus futuros filhotes sejam soltos na natureza, tornando-os os primeiros tigres selvagens a habitar a região em décadas.
Segundo a National Geographic, o objetivo é estabelecer uma população saudável de cerca de 50 tigres-siberianos até 2035. Saiba mais sobre este animal fabuloso!
Os tigres-siberianos (Panthera tigris altaica), também conhecidos como tigres-de-amur, são a maior subespécie de tigres e um dos felinos mais imponentes do mundo.
Originários das regiões frias da Rússia oriental, particularmente da região do rio Amur, esses tigres também podem ser encontrados em pequenas populações na China e, em menor número, na Coreia do Norte.
Para se adaptarem ao frio intenso, os tigres-siberianos desenvolveram uma pelagem densa e espessa, além de uma camada de gordura que os isola das temperaturas abaixo de zero.
Os tigres-siberianos são conhecidos por seu tamanho impressionante, podendo medir até 3,3 metros de comprimento, incluindo a cauda, e pesar até 320 kg no caso dos machos.
As fêmeas são geralmente menores, mas ainda robustas, pesando cerca de 160 kg.
Caçadores solitários e territoriais, os tigres-siberianos são exímios caçadores de emboscada. Eles se alimentam principalmente de grandes herbívoros como cervos, alces e javalis, mas também caçam animais menores quando necessário.
Sua estratégia de caça envolve paciência, espreitando suas presas até estarem próximos o suficiente para atacar com rapidez e força. Um único golpe de suas poderosas patas pode derrubar grandes presas.
No início dos anos 1940, a população chegou a cair para menos de 40 indivíduos, colocando esses animais à beira da extinção.
Os tigres-siberianos têm uma importância cultural e simbólica significativa, especialmente na Ãsia, onde são considerados sÃmbolos de força, coragem e poder.