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Biólogos encontram o verme da meningite em caramujo; saiba se proteger


O verme da meningite foi encontrado em um caramujo no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Por Flipar
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A Fundação Oswaldo Cruz fez a confirmação após a morte de um morador da cidade com a doença. O animal contaminado estava no bairro Ipiranga.

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A infecção ocorre nas pesdoas quando elas ingerem o muco liberado pelo caramujo, que pode estar em algum vegetal. É preciso lavar muito bem os alimentos para evitar a contaminação.

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O caramujo com o verme é do tipo chamado aruá. Esta espécie está na posição 74 na lista das 100 das espécies exóticas invasoras que mais causam danos no mundo.

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Espécies exóticas sempre preocupam.Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), as invasoras são a segunda maior ameaça à biodiversidade global, atrás apenas do desmatamento.

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Introduzidos no Brasil ilegalmente na década de 1980 para serem criados como alimento, os caramujos africanos (Achatina fulica) são uma grave ameaça à biodiversidade, à economia e à saúde pública.

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Caracterizado por sua concha cônica e espiralada, o caramujo africano pode atingir tamanhos consideráveis, com algumas populações alcançando até 20 centímetros de comprimento.

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Os caramujos africanos foram trazidos para o Brasil como opção mais lucrativa ao escargot. Herbívoros, eles se alimentam de hortaliças, frutas e flores.

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Eles também podem causar danos a plantações comerciais, como cana-de-açúcar e soja.

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Os caramujos africanos são hospedeiros de vários parasitas, incluindo o verme causador da meningoencefalite eosinofílica, doença que pode ser fatal.

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A infestação de caramujos africanos está presente em 23 estados brasileiros, sendo os mais afetados os estados do Sudeste e Centro-Oeste.

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Só no Rio de Janeiro, por exemplo, o caramujo africano já foi registrado em 57 dos 92 municípios do estado.

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O controle da infestação de caramujos africanos não é uma tarefa simples. O primeiro passo conscientizar a população acerca dos riscos da espécie.

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Outras medidas possíveis são: a vigilância epidemiológica para identificar e monitorar focos de infestação; o controle mecânico, realizado por meio da coleta e eliminação dos caramujos;

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Outra possibilidade é o controle químico, realizado por meio da aplicação de produtos químicos autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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A prevenção da infestação é a melhor forma de controle. Para isso, é necessário manter quintais e jardins limpos e livres de entulhos e não descartar lixo em terrenos baldios.

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Ao identificar a presença de um caramujo, é recomendável recolher os animais e seus ovos, sempre com as mãos protegidas por sacos plásticos ou luvas. Feche bem o saco.

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Em seguida, é necessário quebrar as conchas para evitar a eclosão dos ovos, fazer um buraco no solo e cobri-lo com cal. Se forem achados só ovos, o procedimento deve ser o mesmo.

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Na África, o habitat de origem do caramujo gigante, existem patógenos como bactérias, fungos e parasitas que naturalmente controlam essa população.

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No Brasil, onde o caramujo gigante não é uma espécie nativa, os estudos ecológicos sobre esse molusco ainda estão em estágios iniciais, e nossas perspectivas são baseadas em experiências de outros países, como os Estados Unidos e a Índia.

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Em certas regiões da Índia, onde a introdução do caramujo gigante ocorreu há mais de um século, não foi observado nenhum declínio nas populações desses moluscos.

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No Havaí, a explosão da população do caramujo africano ocorreu poucos anos após a sua introdução na década de 30.

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