Ela foi construída sobre uma rocha, a 40 metros de distância do solo.
O Pilar Katskhi, conhecido localmente como 'Pilar da Vida', destaca-se como um fenômeno não apenas geológico, mas também histórico.
A história por trás do santuário ortodoxo é envolta em mistério. Ele foi identificado por pesquisadores apenas em 1944 e passou a ser objeto de estudo mais detalhado somente a partir de 1999.
Em 2009, o lugar foi restaurado com o apoio do governo georgiano.
O local sagrado oferece 150 m² de área dedicada à prática religiosa. Além da igreja, tem uma cripta, celas de eremitério (lugar onde vivem eremitas) e até mesmo uma adega.
Em 1946, historiadores determinaram que as ruínas pertenciam inicialmente a um antigo local de culto construído no século V.
Inclusive, ainda existe por lá uma cruz que seria um vestígio dessa época.
Posteriormente, no século XI, durante os primórdios da Idade Média, foi erguida uma igreja no local.
Naquele período, monges habitavam o topo do rochedo. Pesquisadores revelaram que as condições de vida no local eram extremamente simples e desafiadoras, refletindo a dedicação dos religiosos.
Até meados de 2015, o padre georgiano Maxime Qavtaradze residiu no local e supervisionou a construção de uma nova estrutura no topo do pilar.
Segundo o 'Times of India', o religioso teria buscado refúgio na solidão do Katskhi em 1993, após cumprir pena por crimes relacionados a drogas.
“Ele percebeu que a melhor maneira de se arrepender do seu crime e entrar em contato com Deus era meditar em uma cela solitária no topo do pilar Katskhi”, concluiu a imprensa indiana.
Segundo relatos, durante sua permanência, o monge descia apenas duas vezes por semana para orar com seus discípulos.
No seu dia a dia, os seguidores enviavam comida ao topo por meio de um sistema de roldanas, garantindo sua subsistência.
Hoje em dia, os monges residem em um mosteiro localizado na base do pilar. A rotina diária é desafiadora e eles precisam subir ao topo por uma estreita escada, em um percurso que dura cerca de 20 minutos.
De acordo com a CNN, que entrevistou os religiosos, a subida diária para orar no alto é vista como uma forma de se aproximar de Deus.
Por enquanto, apenas eles têm permissão para acessar o cume, mas as obras de renovação iniciadas em 2009 têm como objetivo tornar o local acessível ao público geral no futuro.
Existe até uma placa na base que adverte que é estritamente proibido escalar a rocha sem autorização.
Além disso, há uma restrição específica: mulheres não podem subir. Acredita-se que nenhuma mulher jamais tenha pisado no local de culto situado no topo do pilar.
Para os interessados, já é possível visitar o primeiro nível da formação rochosa, onde há um espaço esculpido na pedra ideal para meditação.
Outra opção é a capela localizada na base do pilar, que possui um teto em arco e é dedicada a São Simeão — reza a lenda que este monge viveu 37 anos em um pilar semelhante, situado em Aleppo, na Síria.
Os enigmas sobre como a igreja no topo do pilar foi construída e como a rocha era escalada durante a Idade Média permanecem sem resposta.