Conhecido como Museu das Pedras Raras, o Museu Chinsekikan fica a duas horas de Tóquio, em Chichibu.
Quem visitar o lugar, poderá ver mais de 1.700 pedras com formatos que lembram rostos em exposição.
A japonesa Yoshiko Hayama é a responsável pela manutenção do museu, cuidando de uma coleção ampla que pertencia ao marido.
A coleção de mais de 50 anos de seu ex-esposo, Shoji Hayama, que faleceu em 2010, foi o que deu origem ao museu, fundado em 1990.
Ao longo de mais de 50 anos, Shoji vasculhou o país em busca dessas formações rochosas únicas, muitas vezes carregando-as sozinho por longas distâncias.
O museu fica dividido em dois andares. No térreo, ficam as pedras mais famosas da coleção, incluindo 'O Pensador', 'A Princesa' e 'O Buda'.
Cada pedra possui uma placa com seu nome e uma breve descrição, além de uma história curiosa sobre como foi encontrada.
No segundo andar, há uma variedade ainda maior de pedras, categorizadas por tema, como animais, objetos e até mesmo personagens históricos.
Uma das pedras mais peculiares é associada ao “rei do rock”, Elvis Presley, por causa do formato do que seria comparado ao cabelo do popstar.
O museu fica aberto das 10h às 17h (fechado às terças-feiras) e a entrada custa ¥400 (cerca de R$ 15).
Yoshiko contou que começou a vender pedras da coleção para pessoas em todo o mundo depois que elas ficaram populares na internet.
Qualquer um pode encontrar mais informações no blog ou no Instagram do museu. Está tudo em japonês, mas nada que um tradutor não ajude.
O museu se baseia no termo conhecido como “pareidolia”, que se trata de um fenômeno psicológico em que uma pessoa percebe padrões como rostos ou formas reconhecíveis em objetos inanimados.
É como ver um rosto em uma nuvem, um animal em uma formação rochosa ou uma mensagem secreta em um café derramado.
Pareidolia é um fenômeno universal que pode ser encontrado em todas as culturas. Na mitologia grega, por exemplo, as pessoas viam deuses e heróis nas constelações.
Na cultura cristã, não é difÃcil encontrar histórias de pessoas que veem imagens de Jesus ou da Virgem Maria em objetos cotidianos.
Na arte moderna, artistas como Salvador Dali e MC Escher usaram pareidolia para criar obras de arte intrigantes e ilusórias.
Ouvir vozes em ruídos aleatórios, como o vento ou o som de um carro passando também é considerado parte da pareidolia.