Desse modo, o sítio arqueológico foi registrado em um estudo fotogramétrico tridimensional, que computou 40 ânforas. Estruturas robustas usadas, frequentemente, para transportar vários bens na antiguidade.
Os objetos Richborough 527 levam esse nome em referência ao sítio arqueológico de mesmo nome em Kent, Inglaterra. Eles estão a uma profundidade de 70 metros na Reserva Natural Oasi Faunistica di Vendicari, o que exigiu equipamento de mergulho especializado.
Uma análise detalhada irá confirmar se os objetos pertencem ao período entre o final do século I a.C. e o início da era Augusta. Os pesquisadores vão analisar restos de cerâmicas e de sedimentos a partir da datação por carbono para definir a cronologia.
No início da década de 1990, escavações na área de Portinenti também descobriram ânforas do tipo Richborough, junto com restos de produção. Eles podem estar associados ao alúmen, o que indica a importância histórica dessa atividade.
A região foi uma das mais exploradas na antiguidade para extração e distribuição de alúmen, um mineral muito valorizado na indústria têxtil como mordente em processos de tingimento naquela época.
“Se esta correlação for confirmada, novas informações poderiam ser adquiridas sobre as antigas rotas comerciais através das quais o alúmen extraído em Lipari era comercializado no antigo Mediterrâneo”, diz a nota.
Diante disso, o Flipar traz outros naufrágios que mergulhadores podem alcançar atualmente. Localizado na seção norte do Mar Vermelho, o SS Thistlegorm é conhecido por muitos como o melhor local de mergulho em naufrágio do mundo.
Este navio de transporte britânico de 420 pés (128 metros) foi afundado em 1941 após um ataque aéreo alemão. Por lá, tem uma parada popular em cruzeiros de mergulho, acessível tanto por safáris quanto por passeios diurnos de Sharm El-Sheikh.
O topo do USAT Liberty fica a apenas 10 pés (3 metros) de profundidade, tornando este naufrágio perfeito também para snorkeling. O navio era originalmente de guerra americano e, em 1942, foi torpedeado pelos japoneses na costa de Bali.
Construído como um luxuoso transatlântico, o SS President Coolidge tornou-se um navio de tropas durante a Segunda Guerra. Atualmente, está entre 65 e 230 pés (20 e 70 metros) e é um local de mergulho protegido nacionalmente.
Mergulhadores em Vanuatu podem explorar os vários decks e porões, encontrando armas, canhões, caminhões e “A Dama”, um dos remanescentes da antiga glória do navio.
O cargueiro Hilma Hooker, de 236 pés (72 metros), repousa de lado a 95 pés (28 metros) de profundidade. É possível que o mergulhador faça uma penetração mínima, mas com visibilidade cristalina do local.
O Gunilda foi um iate a vapor de luxo considerado o mais opulento da virada do século XX. Em 1911, ele encalhou em McGarvey’s Shoal, no Canadá, que se eleva de 280 pés (85 metros) até 3 pés (1 metro) da superfície.
No momento, o naufrágio permanece perfeitamente intacto quanto o dia em que afundou, mas apenas mergulhadores Tec e Trimix podem contemplar sua beleza.
Um dos melhores mergulhos em naufrágios no Hemisfério Sul, o SS Yongala, na Austrália, foi afundado durante um ciclone em 1911, matando todos os 124 a bordo.
Atualmente, o ponto mais alto do cargueiro de passageiros e carga fica a apenas 52 pés (16 metros) e desce até 108 pés (33 metros). Neste caso, os mergulhadores são impedidos de entrar no navio para reduzir os efeitos negativos das bolhas de ar.
No final da Primeira Guerra, 74 navios alemães foram afundados ao largo das Ilhas Orkney, na Escócia. Entre 1920 e 1945, sete desses navios permanecem em Scapa Flow: de guerra, navais britânicos e de bloqueio.
Dentre eles, o SMS Kronprinz Wilhelm é facilmente acessível a 40 a 115 pés (12 a 35 metros). O tamanho do navio de 480 pés (146 metros) pode ser apreciado em uma profundidade rasa, mas os armamentos apenas em profundidades avançadas, e necessitam do uso de Nitrox.
Bianca C é o único navio desta lista que foi afundado em dois momentos diferentes. Ele encontrou seu fim quando, ancorado ao largo da costa de Granada, pegou fogo. Este naufrágio de 590 pés (180 metros) está a 100 a 164 pés (30 a 50 metros), entre um sistema de recifes e o oceano aberto.
Após sobreviver à sua primeira exposição ao poder de fogo atômico, o USS Saratoga afundou sob o impacto do segundo teste. Ele repousa na areia a 54 metros de profundidade, com sua ponte a 18 metros.
Grande parte do naufrágio ainda permanece inexplorada. Como o Atol de Bikini continua desabitado, a vida marinha na área também é surpreendente, sendo lar de diversas espécies marinhas.