Além de o paciente ter benefícios físicos, como ganho de equilíbrio e força muscular , também há uma evolução no campo psíquico e cognitivo.
Esse tipo de terapia, também chamada de hipoterapia ou terapia assistida por cavalos, tem como base os padrões repetitivos dos movimentos do cavalo.
O cavalo tem 98% do andar parecido com o do humano. Quando a pessoa senta no lombo do animal, seu corpo mexe tridimensionalmente.
Dessa forma, estimula as respostas da pessoa, melhorando a mobilização, o equilíbrio, o fortalecimento muscular e a interação social.
Além disso, a técnica ajuda no desenvolvimento da autoconfiança, segurança, autoestima e aumenta a produção de hormônios do bem-estar, prazer e relaxamento.
A prática também melhora o autocuidado e a autonomia e ajuda os praticantes a desenvolveram escuta ativa e cuidado com o próximo.
As sessões de equoterapia geralmente duram entre 30 minutos e 1 hora, sendo realizadas uma vez por semana.
O tratamento costuma durar um ano, podendo ser estendido para, no máximo, dois anos, de acordo com a avaliação da equipe multiprofissional.
As sessões podem ser realizadas individualmente ou em grupo, com orientação e acompanhamento de um terapeuta, que pode ser um fisioterapeuta especializado, psicomotricista ou fonoaudiólogo para orientar os exercícios.
O tratamento deve ser realizado em um ambiente adequado e especializado. Além disso, o cavalo deve ser manso, dócil e bem treinado para que o desenvolvimento da pessoa seja estimulado e o tratamento não seja comprometido.
Normalmente, as sessões são iniciadas com baixos níveis de interação com o cavalo, como fazer carinho ou alimentar o animal. Depois, é possível que o paciente monte no cavalo e até o conduza, sempre com a supervisão e acompanhamento do terapeuta.
A equoterapia é especialmente indicada para Síndrome de Down (a partir dos 5 anos), Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Asperger, Paralisia cerebral, Distrofia muscular, Derrame cerebral (AVC), Artrite, Esclerose múltipla, Lesão na medula espinhal.
E também para pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Estresse pós-traumático, Transtorno bipolar, depressão e ansiedade.
Além disso, essa terapia pode ser recomendada após traumas e realização de cirurgias, doenças mentais ou doenças genéticas.
E , de maneira geral, pode ser uma boa forma de aliviar o estresse. Para qualquer pessoa que busque uma interação com o animal e a natureza, num ambiente calmo que traga relaxamento.
O contato com o animal pode ajudar no desenvolvimento do afeto das crianças, sendo uma boa forma de integrá-la ao meio ambiente, favorecendo a educação e a empatia.
A terapia com cavalos estimula a sensibilidade tátil, visual e auditiva, melhora a postura e o equilíbrio, e favorece o tônus muscular. Também permite o desenvolvimento da coordenação motora e a percepção dos movimentos.
Porém, também existem as contraindicações, como em adultos que sofrem de hérnia de disco ou problemas de coluna.
Além disso, cavalgar não é indicado para quem tem luxação de quadril, instabilidade atlantoaxial, epilepsia não controlada, aneurisma cerebral, psicose ou esquizofrenia .