A obra retrata os primeiros dias de Reeve como um ator, ainda desconhecido, até sua ascensão meteórica em Hollywood.
São registros históricos, entrevistas com amigos próximos, como Susan Sarandon e Glenn Close, além de depoimentos de seu filho, Will Reeve, e de sua esposa, Dana Reeve.
O filme conta a trajetória do ator que, depois de um acidente trágico de equitação em 1995, que o deixou paralisado do pescoço para baixo, viu sua vida mudar da água para o vinho.
A partir do acidente, Reeve continuou a atuar e dirigir e se tornou um dos maiores defensores dos direitos das pessoas com deficiência e por avanços na pesquisa de lesões na medula espinhal.
Nascido em Nova Iorque, no dia 25 de setembro de 1952, Christopher D'Olier Reeve sempre se interessou pelo mundo do cinema e era ator desde os 14 anos.
Na época, estudou em prestigiadas escolas de artes cênicas e iniciou a carreira com pequenas participações no teatro e na televisão.
O primeiro grande papel da vida do ator foi em 'Alerta Vermelho: Netuno Profundo', em 1977. No início de carreira, ele também participou de filmes elogiados pela crítica, como 'Em Algum Lugar no Passado' e 'Vestígios do Dia'.
Mas foi na pele do famoso Superman, que Reeve se consolidou como uma figura mundialmente conhecida e carimbou o seu talento na vida cinematográfica.
O ator interpretou o famoso herói numa série de quatro filmes famosos, começando por Superman (1978), para qual foi indicado a um prêmio BAFTA (British Academy Film Awards).
O ator passou num teste para viver o Superman e concorreu com nomes como Paul Newman, Robert Redford, Arnold Schwarzenegger e Charles Bronson.
Reeve apareceu em outros filmes aclamados pela crítica como 'Armadilha Mortal' (1982), 'Os Bostonianos' (1984), 'Armação Perigosa' (1987) e 'Vestígios do Dia' (1993).
Em sua vida cinematográfica, o ator recebeu um Screen Actors Guild Award e uma indicação ao Globo de Ouro pelo seu desempenho no telefilme 'Janela Indiscreta'(1998), remake do clássico de mesmo nome, lançado em 1954.
Tudo mudou no dia 27 de maio de 1995, quando Reeve ficou tetraplégico após sofrer um acidente a cavalo durante uma competição equestre em Culpeper, passando a usar uma cadeira de rodas para se mover e um ventilador portátil para respirar.
Diante desse cenário, o artista passou a liderar uma campanha pela legalização de pesquisas com células-tronco e criou a Fundação Christopher Reeve, além de ter sido co-fundador do Centro de Pesquisa Reeve-Irvine.
Um ano depois do acidente, o ator foi aclamado na cerimônia do Oscar. Em 27 de janeiro de 1996, foi condecorado com a Ordem Bernardo O'Higgins, como reconhecimento à defesa pública que fez dos atores chilenos durante a ditadura de Augusto Pinochet.
O artista se casou pela segunda vez em 11 de abril de 1990 com a atriz Dana Charles Morosini, tornando-se mais conhecida como Dana Reeve. Eles se conheceram em 30 de junho de 1987, na cidade Williamstown.
Dana, após o acidente de Christopher, dedicou-se exclusivamente a cuidar do ator, uma tarefa que se provou laboriosa devido à gravidade do seu estado físico.
Dana Charles Morosini morreu em 6 de março de 2006, vítima de um câncer de pulmão. Da união com Christopher Reeve, nasceu um filho, Will.
Will, seu último filho, foi adotado pelo ator Robin Williams, de quem Christopher foi sempre muito amigo. Com a morte do ator e logo após a partida de Dana, Robin adotou Will e o criou como se fosse seu próprio filho.
No início da carreira de ambos, Christopher fez mais sucesso e ajudou Robin, que após o acidente, começou a lhe retribuir a ajuda.
Christopher tinha mais dois filhos, Matthew e Alexandra, frutos de uma relação anterior que durou dez anos (1977–1987) com a modelo britânica Gae Exton.
'Fazer as coisas com meu pai envolviam sempre atividade e ação', relembrou Matthew Reeve no trailer do filme. 'Nos despedimos, ele acenou. Essa foi a última vez que o vi de pé.”
Por fim, o ator morreu no dia 10 de outubro de 2004, aos 52 anos, vítima de um infarto por causa de uma grave infecção, porém deixou um grande legado.