O Brasil já tinha recebido esse certificado em 2016. Mas, com a queda da cobertura vacinal, o país voltou a ter surtos da doença a partir de 2018.
A maior incidência da doença nos últimos anos foi nos estados do Amazonas, Roraima e São Paulo.
Com o retorno dos casos, o Brasil perdeu o certificado. Entre 2018 e junho de 2022 (quando foi registrado o último paciente), houve 39.400 casos, com 40 mortes.
A partir da melhoria dos sistemas de vigilância epidemiológia e a ampliação da cobertura vacinal, o Brasil pediu novamente a emissão do certificado. E agora conseguiu.
Não é para menos. A cobertura vacinal da primeira dose chegou a 91% este ano, depois de um período de baixa. Em 2016, a cobertura vacinal tinha sido de 95%, mas caiu para 74% em 2021.
Também houve recuperação da cobertura da segunda dose: 80% em 2024. Mas vale ressaltar que ainda não chegou á meta de 95%.
O sarampo é uma doença infecciosa grave que pode até levar à morte. A transmissão é pelo ar, quando a pessoa infectada tosse, espirra ou até mesmo fala perto de outra.
Os sintomas do sarampo são: Febre alta, acima de 38,5°C, manchas vermelhas no corpo, tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso
Os sintomas do sarampo começam a aparecer entre 8 e 12 dias após o contato com o vírus. As manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas surgem 3 a 5 dias após o início dos sintomas e se espalham pelo corpo
A vacinação é o caminho da prevenção. As crianças tomam uma dose da tríplice viral aos 12 meses e mais uma aos 15 meses. Quem não tomou essas doses na infância tem que tomar mesmo depois de adulto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, houve mais de 320 mil casos de sarampo em todo o mundo em 2023.
O diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, disse que as Américas passam a ser a única região livre da doença.
Mas ainda há muita transmissão de sarampo em outros países, especialmente em crianças pobres com deficiência no sistema imunológico (de defesa do organismo)
A Ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, disse que vale comemorar o fato de o Brasil sair da lista de 20 países que menos vacinam. 'Isso mostra que estamos no caminho certo', disse.
'Mas é um trabalho que tem que continuar porque a vacinação tem que ser contínnua e esse trabalho de vigilância também', completou.