Sua trajetória na Globo, que começou em 1986, é marcada por uma série de desafios e conquistas que consolidaram sua posição como um dos maiores comunicadores do Brasil.
Com uma carreira de mais de três décadas, Bonner construiu uma sólida reputação no telejornalismo, sempre primando por um estilo claro e objetivo na transmissão das notícias.
Além de tudo isso, e de que ele foi casado com a também jornalista Fátima Bernardes, com quem tem trigêmeos, o que mais você sabe sobre este craque do jornalismo? Fique conosco para conhecer um pouco mais sobre uma das vozes mais marcantes e reconhecidas do Brasil.
Nascido em Ribeirão Preto (SP), no dia 16 de novembro de 1963, William Bonemer Júnior iniciou sua formação acadêmica em Comunicação Social, com ênfase em Publicidade, pela Universidade de São Paulo (USP).
No entanto, seu desejo de atuar na televisão o levou a uma transição para o jornalismo. Começou sua carreira como redator publicitário, mas foi em 1985 que deu o primeiro passo no mundo da televisão, ao se juntar à TV Bandeirantes como locutor e apresentador.
Em 1986, Bonner recebeu o convite para se transferir para a Globo, onde iniciou sua jornada como apresentador do 'SPTV: 3ª Edição'.
Seu trabalho na edição e apresentação do telejornal lhe deu uma base sólida para o telejornalismo, e logo foi escalado para outros programas importantes, como o 'Fantástico' e o 'Jornal da Globo', ambos da TV Globo.
Sua habilidade de comunicar de forma clara e objetiva, combinada com uma presença de palco cativante, fez com que Bonner se destacasse rapidamente dentro da emissora.
Em 1996, Bonner teve a oportunidade de assumir a bancada do Jornal Nacional, o principal telejornal da Globo, ao lado de Lillian Witte Fibe.
A estreia aconteceu em um momento em que o jornalismo da Globo começava a passar por transformações, e Bonner, com sua visão inovadora, ajudou a consolidar a posição do JN como uma das referências no jornalismo televisivo no Brasil.
Desde então, ele se tornou o rosto do programa, sendo o apresentador mais longevo da história do telejornal. Mas já se tornou habitual o rumor sobre sua saída da bancada do JN, o que é negado constantemente pelo jornalista. Especula-se que até 2026, Bonner irá se aposentar, abrindo espaço para outro (a) apresentador (a).
Em 1999, além de apresentar, Bonner assumiu o cargo de editor-chefe do programa, onde exerce grande influência na seleção de pautas e no formato das edições.
Ao longo de sua carreira, ele esteve à frente de coberturas históricas, como os atentados de 11 de setembro de 2001 e a morte de figuras importantes como o Papa João Paulo II, em 2005.
Sua abordagem séria e ao mesmo tempo empática, em momentos delicados, consolidou a confiança do público no telejornal.
Bonner também foi responsável por importantes inovações na forma de apresentação do JN. Em 2015, um novo cenário foi introduzido, permitindo maior interação entre os apresentadores e correspondentes, o que trouxe um ar mais informal ao tradicional telejornal.
Além disso, ele coordenou projetos internos para inovar na linguagem do telejornalismo da Globo, como a eliminação das câmeras sobre trilhos e a adoção de uma 'steadicam' (espécie de estabilizador de câmeras) para uma maior liberdade de movimento dos apresentadores.
A carreira de William Bonner também foi marcada por sua vida pessoal, amplamente acompanhada pelo público. Em 1990, ele casou-se com a jornalista Fátima Bernardes, com quem dividiu a bancada do Jornal Nacional por muitos anos.
O casal teve três filhos: os trigêmeos Vinícius, Laura e Beatriz, em 1997. No entanto, após 26 anos de casamento, os dois anunciaram a separação, em 2016. Bonner se casou novamente em 2018 com a fisioterapeuta Natasha Dantas, com quem segue até hoje.
Além de seu trabalho na televisão, Bonner tem sido ativo em outras frentes. Em 2009, lançou o livro 'Jornal Nacional: Modo de Fazer', em homenagem aos 40 anos do telejornal.
Toda a renda do livro foi destinada à Escola de Comunicações e Artes da USP, instituição na qual se formou. Sua contribuição ao jornalismo também é reconhecida internacionalmente, com prêmios como o 'Shorty Awards', considerado o “Oscar do Twitter”, na categoria jornalismo, conquistado em 2010.
Em tempos de redes sociais, Bonner também se destacou pelo seu uso do Twitter, onde desenvolveu uma comunicação mais direta e bem-humorada com o público, se autorreferindo como 'tio'. Sua conta se tornou um sucesso, com milhões de seguidores, o que reforçou sua popularidade e aproximação com a audiência.
Seu trabalho como mediador de debates eleitorais, em especial os presidenciais, é visto como um dos maiores desafios da sua carreira, exigindo imparcialidade e rigor no cumprimento das regras.
Bonner também se destacou em outros momentos de grande cobertura ao vivo, como no caso do acidente aéreo da TAM em 2007, no incêndio da boate Kiss em 2013 e nas eleições de Barack Obama em 2008 e 2012, além das enchentes do Rio Grande do Sul, em 2024.
William Bonner é, sem dúvida, uma das figuras mais importantes da história do jornalismo no Brasil, muito por conta de sua habilidade de lidar com informações complexas e de transmitir emoção de forma sóbria. Com mais de três décadas de dedicação ao telejornalismo, ele se tornou uma referência de competência, ética e inovação.
Sua carreira é um exemplo de como a televisão pode ser um veículo poderoso para a disseminação da informação, ao mesmo tempo em que mantém uma conexão genuína com o público.
Desde sua estreia no SPTV até o comando do Jornal Nacional, Bonner construiu um legado duradouro, sempre comprometido com a busca pela verdade e pela qualidade no jornalismo. Agora, como ele mesmo costuma dizer: 'Boa noite!'