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Estudo identifica vírus da raiva em capivaras mortas no litoral de SP


A revista “Veterinary Research Communication” relatou três casos de raiva em capivaras encontradas mortas no Brasil entre o fim de 2019 e início de 2020. O estudo no cérebro dos animais foi feito no Instituto Pasteur, em São Paulo (SP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estados de São Paulo (Fapesp).

Por Flipar
Capivara - Flickr silene andrade

Os corpos das três capivaras foram encontrados na ilha Anchieta, parque estadual localizado em Ubatuba, no litoral norte paulista. Elas foram vítimas de encefalite provocada pelo mesmo vírus da raiva presente em morcegos-vampiros. Vale ressaltar que não há registro de transmissão de raiva humana por capivaras.

Divulgação

Pouco tempo antes da morte dos roedores houve uma reforma em um telhado de edifício da Ilha Anchieta que servia de abrigo para morcegos. Este é apenas o terceiro relato de caso de raiva em capivaras no mundo - o primeiro foi também no Brasil, em 1985, e o segundo ocorreu na Argentina, em 2009.

Capivara - Imagem de Karsten Paulick por Pixabay

Em 14/09 foi comemorado o Dia Internacional da Capivara. A data surgiu como uma homenagem a esse curioso e amigável roedor.

Imagem de ericeven1 por Pixabay

A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor do mundo e habita principalmente a América do Sul, sendo encontrada em regiões como Brasil, Argentina, Venezuela e Colômbia.

Imagem de Denis Doukhan por Pixabay

Esses animais vivem em grupos sociais e são extremamente adaptáveis a ambientes próximos a corpos d'água, como lagos, rios e pântanos.

Flickr silene andrade

Elas são semiaquáticas, o que significa que passam uma boa parte de seu tempo na água, utilizando-a como refúgio contra predadores e para regular a temperatura corporal.

Flickr sileneandrade

Fisicamente, as capivaras podem atingir até 1,30 metro de comprimento e pesar em torno de 50 a 70 kg.

Flickr Sebastiao Carlos Borges

As capivaras têm um corpo robusto, com patas curtas e dedos parcialmente palmados, que as ajudam a nadar com eficiência.

Flickr sileneandrade

Sua pelagem é curta e de coloração marrom-acinzentada, o que proporciona camuflagem em seu habitat natural.

Imagem de Carlito por Pixabay

As capivaras têm um temperamento tranquilo e costumam ser vistas em grandes grupos, que podem variar de 10 a 20 indivíduos.

Imagem de falco por Pixabay

Além disso, elas são herbívoras e costumam se alimentar principalmente de gramíneas, plantas aquáticas, cascas de árvores e frutas.

Imagem de Elías Alarcón por Pixabay

Por terem dentes que crescem continuamente, as capivaras precisam roer frequentemente para desgastá-los.

Divulgação/Sec. Meio Ambiente do Estado de São Paulo

As capivaras têm uma série de comportamentos sociais complexos, com interações como grooming (limpeza mútua) e vocalizações que ajudam na comunicação entre os membros do grupo.

Flickr silene andrade

Outra curiosidade é que elas contam com uma estrutura hierárquica bem definida, na qual geralmente um macho dominante lidera o grupo.

Flickr Paula DA SILVA

Capivaras são animais que se reproduzem com facilidade em cativeiro. As fêmeas dão à luz de 4 a 5 filhotes após uma gestação de cerca de 150 dias.

Bernard DUPONT/Wikimédia Commons

Os filhotes nascem completamente desenvolvidos e já são capazes de nadar logo após o nascimento.

Flickr Miriamala

A capivara tem poucos predadores naturais, como onças, jacarés e grandes aves de rapina. Nos últimos anos, a caça humana, tanto por sua carne quanto por seu couro, tem contribuído para a redução de suas populações em algumas áreas.

Flickr Bianca Berenguer

Apesar disso, em muitos lugares as capivaras são vistas como símbolos de tranquilidade e paz, devido ao seu comportamento calmo.

Imagem de Karsten Paulick por Pixabay

Elas desempenham um papel importante no ecossistema, ajudando a controlar o ambiente ao seu redor, criando trilhas e abrindo clareiras na vegetação, o que beneficia outras espécies.

Imagem de Ann Jessica Johnson por Pixabay

Hoje, as capivaras são amplamente reconhecidas pela sua importância ecológica e carisma, tornando-se populares tanto na natureza quanto em contextos culturais e urbanos, onde podem ser vistas em parques e áreas verdes.

Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimédia Commons

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