Vamos explorar as pimentas mais ardidas do mundo, suas variedades, origens e a medida em SHU (Scoville Heat Unit - ou Unidade de Calor Scoville), ou seja, o índice que aponta a intensidade da ardência do produto.
Para ter uma base de comparação e compreender o quanto as pimentas mais fortes são intensas, leve em consideração que a popular pimenta malagueta, bastante consumida no Brasil (especialmente em pratos no Nordeste) tem entre 50.000 e 100.000 shu, dependendo do caso.
E o conhecido molho Tabasco, muito apreciado por quem gosta de pratos picantes, não passa da faixa de 30.000 a 50.000 SHU. Veja agora as pimentas mais ardidas do planeta!
Red Habanero Savina (500.000 SHU)- Essa pimenta - Capsicum chinense - é originaria da Califórnia-EUA, e era a mais ardida do mundo quando a escala Scoville foi criada.
A pimenta habanero é conhecida por suas notas frutadas. Considerada um pimentão, adiciona sabores e aromas aos pratos, sendo uma das queridinhas dos amantes da culinária.
7 Red Pot Gigante (1.000.000 SHU)- Oriunda de Trinidad Tobago, ganhou esse nome devido à sua capacidade de aquecer sete potes de ensopado em pouco tempo. Rara e difícil encontrar, possui cores diversas.
Os habitantes dos locais onde ela é cultivada acreditam que o consumo desta pimenta traz boa sorte e proteção contra energias negativas.
7 Pot Barrackpore (1.000.000 SHU)- Também de Trinidad e Tobago, essa pimenta da cidade de Chaguanas apresenta diferentes formas, aparências, tamanhos e cores, sendo um pouco maior e mais amarga.
A pimenta foi produzida através de variações híbridas, o que inspira colecionadores e produtores de espécies exóticas de pimentas ao redor do mundo.
Bhut Jolokia (1.041.427 SHU)- Originária da Índia, conhecida como pimenta fantasma, é considerada 400 vezes mais quente que o tabasco. Seu efeito ardente inicia na língua.
Uma curiosidade sobre essa pimenta é que Bhut Jolokia é utilizada em rituais religiosos em algumas regiões da Índia devido à sua natureza ardente.
Naga Viper (1.349.000 SHU)- Resultado da mistura de diferentes pimentas, já conquistou o título de pimenta mais quente do mundo pelo Guinness World Record em 2011.
A Naga foi desenvolvida como parte de uma competição para criar a pimenta mais ardida, unindo três variedades para atingir o resultado final.
Trinidad Scorpion Butch T (1.463.700 SHU)- Nativa de Trinidad e Tobago, semelhante a um escorpião, é tão pungente que requer luvas de proteção e pode causar cegueira temporária.
O nome 'Butch T' foi dado em homenagem a Butch Taylor, o cultivador original desta variedade intensamente picante. Também é utilizada na produção do popular spray de pimenta.
7 Pot Primo (1.469.000 SHU)- Cruzamento entre Naga Morich e Trinidad 7 Pot, criada por Troy Primeaux na Louisiana (EUA), apresenta pele irregular e espinhosa.
A 7 Pot Primo é apreciada não apenas por sua picância, mas também por suas características únicas de sabor que a tornam popular entre os apaixonados por culinária.
7 Pot Douglah (1.853.936 SHU)- Com origem em Trinidad, esta pimenta é considerada uma das melhores em sabor. Pode ser consumida sólida ou em pó. A cor da pele torna-se marrom no amadurecimento.
A pimenta Douglah é conhecida por seu perfil de sabor complexo, com nuances de chocolate e fumaça que a diferenciam no mundo das pimentas.
Trinidad Moruga Scorpion (2.009.231 SHU)- Descoberta recentemente em Moruga, Trinidad, provoca coceira na boca ao ser consumida.
É reconhecida pela sua aparência única e extrema picância. A Moruga Scorpion atrai a atenção de produtores de molhos picantes de todo o mundo.
Carolina Reaper (2.200.000 SHU)- Reconhecida como a pimenta mais ardida do mundo, conquistou o primeiro lugar no ranking do Guinness World Record em 2017. Criada por Ed “Smokin” Currie, é cultivada no Brasil por Fábio Tuma.
Além de seu título de pimenta mais picante, a Carolina Reaper é frequentemente utilizada em desafios culinários e é uma celebridade no mundo das pimentas.