Ele comemorou o feito com uma publicação nas redes sociais mostrando a aprovação do Guinness.
“Estou muito feliz por esse título que me dá representatividade, pois meu maior objetivo sempre foi inspirar minha família, amigos e a comunidade onde cresci que podemos superar as dificuldades', vibrou.
Em entrevista ao portal Só Notícia Boa, o brasileiro revelou que investiu R$ 750 mil ao longo de dois anos e meio para completar sua jornada.
Natural da maior comunidade de Osasco (SP), Robson contou que fez todos os percursos sozinho e ainda afirmou que faria tudo novamente.
Para ele, a Ásia foi o continente mais marcante. O brasileiro disse que Japão, Tailândia e Vietnã são os lugares que mais gostaria de retornar no futuro.
“Meu sonho grande de conhecer o mundo todo e viver. Para mim, de nada vale acumular, a felicidade é a nova riqueza. E essa a mensagem que desejo continuar espalhando”, comentou Robson.
Robson também se tornou o primeiro homem negro a atingir o feito. 'Quando eu descobri que apenas 150 pessoas conseguiram fazer isso, e que delas nenhuma era negra, eu quis ser essa primeira', relatou.
'Não é comum ver viajantes negros nas estradas. De cada dez viajantes que eu encontrava, nove eram brancos. E os que eram negros costumavam ser franceses ou americanos. Na Europa eu senti muito isso', contou o recordista.
Por outro lado, o brasileiro acha que o fato de ser negro também o ajudou em determinadas situações:
'Talvez eu tenha tido acesso a comunidades na África que uma pessoa branca não teria —especialmente em países em guerra, como Níger, Burkina Fasso e Mali'.
A oficialização do recorde veio no dia 18/10, após os juízes validarem sua conquista. No total, ele viajou por 2 anos e 42 dias.
Antes de Robson, o dono do recorde era o norte-americano Yili Liu, que completou o feito em 3 anos e 3 meses.
Durante o processo de planejamento da viagem, Robson se tornou influenciador digital e colunista em veículos de comunicação. Antes, ele chegou a ser gestor de um hospital.
E o brasileiro já tem um novo projeto: visitar favelas das 27 capitais do Brasil com o propósito de encontrar boas histórias e ajudar a concretizar sonhos.
Ele se define como a “personificação do brasileiro que não desiste e que, com alegria e sabedoria, segue transformando sua trajetória”.
'Eu sinto essa responsabilidade do que é levar o nome do Brasil nessa busca pelo recorde. Agora, quando alguém pesquisa quem foi o homem mais rápido a dar a volta ao mundo, vê que o recorde é de um brasileiro', disse.
Além de percorrer favelas, Robson já tem como projetos futuros a produção um livro e um documentário sobre a viagem (na foto, o brasileiro aprecia as estrelas no Deserto do Atacama, no Chile).