Margaretha Geertruida Zelle — seu nome verdadeiro — foi acusada de ser uma espiã dupla, trabalhando tanto para a Alemanha quanto para a França durante a Primeira Guerra Mundial.
Mata Hari se tornou célebre em Paris na década de 1900 por suas performances de dança exótica, que eram frequentemente inspiradas em temas orientais e envolviam trajes reveladores.
Em 1917, a holandesa foi presa pelos franceses, julgada e condenada à morte por espionagem. Apesar disso, as evidências contra ela eram circunstanciais, e muitos historiadores acreditam que ela foi usada como bode expiatório em um momento de alta paranoia e medo de espionagem.
A história de Mata Hari já inspirou as artes. No cinema, o filme mais famoso sobre ela foi protagonizado por Greta Garbo e Ramon Novarro, em 1931.
Diversos espiões se tornaram notórios ao longo da história. E vários fizeram apurações que determinaram até mudanças de rumos na história. Relembre alguns espiões famosos!
Victor Manuel Rocha - O ex-embaixador dos EUA, de 73 anos, admitiu ter servido como agente secreto para o governo de Cuba durante décadas. Ele chegou a ser conselheiro especial do titular do Comando Sul dos EUA.
Os promotores acusam Rocha de praticar atividades clandestinas a favor de Cuba desde 1981, incluindo encontros com agentes de inteligência cubanos. Rocha é acusado de passar informações falsas a funcionários do governo dos EUA sobre seus contatos.
Dusko Popov - Sérvio, com aversão aos nazistas, ele se ofereceu para se infiltrar entre os alemães e atuou como agente duplo na II Guerra Mundial. O Japão era do Eixo, ao lado de Alemanha e Itália.
O dia 7/12 é marcado pelo ataque da Marinha Japonesa à base americana de Pearl Harbor durante a II Guerra Mundial, em 1941. Mas você sabia que o governo dos EUA foi avisado de que o bombardeio aconteceria? Foi Popov que avisou.
Para ganhar a confiança dos alemães, Popov passava informações que pareciam ser 'sigilosas', mas que, na verdade, eram autorizadas pelos ingleses.
Foi graças a Popov que o número de nazistas na Normandia — onde soldados dos Aliados desembarcaram no Dia D (foto) — foi menor do que o planejado inicialmente. Muitos alemães foram desviados para Calais, onde Popov disse que os inimigos desembarcariam.
Mas o alerta que Popov fez ao FBI (polícia federal americana) sobre Pearl Harbor foi desconsiderado. O diretor John Edgar Hoover não ligou quando Popov disse que a base naval americana no Havaí seria bombardeada.
Edgar Hoover (foto) depreciou o alerta porque Popov perdia credibilidade com sua vida boêmia. O espião bonito e sedutor era adepto das noitadas, com várias mulheres.
Mas foi justamente essa mistura de beleza, sedução e espionagem que atraiu a atenção do jornalista e escritor britânico Ian Fleming (foto). Ele conheceu Popov num cassino e decidiu criar um personagem inspirado no espião.
E Fleming criou ninguém menos que o agente secreto James Bond, o 007. Era o ano de 1953 e, dali para frente, 007 cresceria em fama. Em 1962, foi lançado o primeiro filme, '007 Contra o Satânico Dr.No'. Até hoje, já são 26 filmes de 007.
Popov acabou se casando, teve três filhos e morreu em 1981, aos 69 anos. James Bond consagrou-se como o maior espião do cinema e já foi interpretado por vários atores. O mais recente é Daniel Craig (foto).
Richard Sorge - Oficial da Inteligência Militar Soviética, trabalhou disfarçado de jornalista boêmio e mulherengo na Alemanha nazista e no Japão durante a II Guerra Mundial.
Sorge informou ao líder soviético Josef Stalin sobre a Barbarossa, gigantesca operação de Hitler com 3 milhões de homens e milhares de veículos blindados e aviões. O aviso permitiu uma estratégia que derrotou os nazistas e manteve a URSS na guerra.
Descoberto, Sorge foi executado por enforcamento em Tóquio (Japão), em 7/11/1944, aos 49 anos. Ele é considerado herói russo. Na foto, um selo em sua homenagem.
Markus Wolf - Nascido em 1923 na Alemanha, seus pais eram socialistas e membros do Partido Comunista. Por isso, a família foi para a União Soviética quando Hitler implantou o Nazismo.
Após a II Guerra Mundial, Markus voltou a Berlim. Em 1953, passou a chefiar a divisão de espionagem. Determinava que agentes usassem o sexo para obter informações. Ele se aposentou em 1986 e, apesar de acusações de traição, sempre foi absolvido nos tribunais.
Ficou conhecido como 'O Homem Sem Rosto' porque durante mais de 20 anos ninguém no lado ocidental da Alemanha tinha registro de sua identidade. Morreu dormindo, aos 83 anos, em sua casa, em 2006.