Os valores para veículos de dois eixos (de passeio) passaram de R$ 35,30 para R$ 36,80. A mudança entrou em vigor no dia 1/7/24.
Por outro lado, o pedágio que fica na Rodovia dos Lagos, que liga o Rio de Janeiro à Costa do Sol (o segundo mais caro do Brasil) diminuiu seu valor.
Agora, nos dias de semana o preço cobrado passou a ser de R$ 17,20, e nos fins de semana R$ 28,70 — ambos custam 10 centavos a menos do que antes.
Outros pedágios também sofreram reajustes: Cônego Domênico Rangoni/Km 250+464 (de R$ 16,50 para R$ 17,20); Padre Manoel da Nóbrega/Km 279+950(R$ 9,70 para R$10,20); Anchieta/Km 031+106 e Rodovia dos Imigrantes/Km 032+381 (R$ 35,30 para R$36,80).
O valor cobrado em pedágios do Brasil muitas vezes é questionado por motoristas em razão do alto custo dessas tarifas.
Por outro lado, as empresas se impõem defendendo as tarifas como forma de custear a manutenção das rodovias que elas administram num sistema de concessão.
O pedágio é cobrado baseado na Tarifa Quilométrica (TQ), que é basicamente o que custeia cada km da rodovia.
Cada praça de pedágio tem uma cobertura específica, abrangendo a extensão que vai de determinado ponto a outro, com o cálculo baseado nas exigências de manutenção e nos serviços prestados.
Com isso, uma mesma estrada pode ter mais de uma praça de pedágio, ou seja, o motorista paga mais de uma vez dependendo do seu trajeto.
Veja quais são os preços de alguns dos pedágios mais caros do Brasil para carros de passeio, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
BANDEIRANTES E ANHANGUERA (SP) - R$ 28,50 a cada 100 km. As rodovias fazem ligação entre cidades do interior paulista, como Campinas, Jundiaí, Limeira, Piracicaba e Ribeirão Preto.
VIA LAGOS (RJ) - R$ 17,20 (seg. a sex.) e R$ 28,70 (fins de semana e feriados nacionais) - A rodovia RJ-124 dá acesso à Região dos Lagos, onde ficam cidades litorâneas de apelo turístico, como Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios.
CASTELLO BRANCO E RAPOSO TAVARES (SP) - R$ 25,12 a cada 100 km. Liga a capital paulista ao interior do estado e passa por cidades como Osasco, Barueri, Sorocaba, Itu, Tatuí, Bauru, Marília e Presidente Prudente.
RIO-TERESÓPOLIS (RJ) - R$ 21,70. Liga a cidade do Rio de Janeiro à Região Serrana do estado.
O pedágio existe no Brasil desde o século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu que a Rota dos Tropeiros só poderia ser aberta se desse lucro.
Um dos objetivos era a reconstrução de Lisboa, a capital portuguesa, devastada por um terremoto em 1755. A gravura em cobre, de 1755, de autor desconhecido, mostra Lisboa em chamas e o tsunami inundando o porto.
A Rota dos Tropeiros tinha três pontos de cobrança ao longo do Caminho de Viamão, que ligava o Rio Grande do Sul a Sorocaba (SP).
Era preciso pagar 2,5 mil réis por cada mula e 2 mil réis por cavalo, no Rio Pelotas (entre SC e RS), nas margens do Rio Iguaçu (PR) e em Sorocaba (SP).
Hoje, a Rota dos Tropeiros é lembrada com monumentos no Sul e no Sudeste do Brasil. Entre eles, este monumento no município de Telêmaco Borba, no Paraná.
O pedágio feito da forma como é hoje nasceu no Programa de Concessões de Rodovias, no Governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995.
Em tese, o objetivo é garantir a manutenção das estradas, reduzindo o risco de acidentes, e também fazendo operações especiais em períodos de maior movimento, como os feriados prolongados.
Além disso, as concessionárias devem prestar assistência 24 horas, com telefone disponível para pedido de socorro incluindo reboque e serviços de emergência médica.
Já está em fase de testes em algumas cidades brasileiras o pedágio chamado de 'free-flow' ('fluxo livre', em português), aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
O novo modelo permite que os motoristas passem direto, sem necessidade de parada. Depois, haverá um prazo de 30 dias para pagamento por aplicativo ou sites das concessionárias. A cobrança será apenas pela quilometragem percorrida.