A biblioteca fica às margens do Mar Mediterrâneo, no terceiro país mais populoso da África - o Egito tem pouco mais de 110 milhões de habitantes. Sua estrutura contempla ainda um planetário e um laboratório de restauração de manuscritos.
Com uma arquitetura de encher os olhos, a biblioteca moderna foi viabilizada com financiamento internacional após campanha da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
A inauguração teve tamanha importância cultural que contou com a presença de chefes de estado de vários lugares do mundo.
Fundada no século 3 a.C. pelo imperador Ptolomeu II, a antiga Biblioteca de Alexandria abrigava em seu acervo cerca de 700 mil volumes, entre documentos, manuscritos e papiros, com imenso valor cultural para a época.
A causa da destruição da antiga biblioteca e seu imenso acervo é alvo de controvérsia entre os historiadores. A tese mais difundida é a de que boa parte dos escritos foram consumidos pelo fogo quando o imperador romano Júlio César tomou e promoveu incêndios na cidade.
A cidade de Alexandria, localizada no extremo norte do Egito, foi fundada no século IV a.C. por Alexandre, o Grande, líder famoso por ter construído um vasto império na antiguidade.
Durante as investidas expansionistas de Alexandre, a cidade foi erguida como salvaguarda militar do delta do rio Nilo diante de ameaças dos persas.
Alexandria foi um dos pólos da cultura grega na antiguidade, com construções exuberantes que deram pujança econômica e cultural à região. Um exemplo foi justamente a Biblioteca de Alexandria.
O Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo, foi outro símbolo imponente erguida na cidade durante a antiguidade.
Com mais de 120 metros de altura, o Farol de Alexandria deteve por muitos anos o prestígio de uma das construções mais altas do mundo, mas acabou sucumbindo a seguidos terremotos.
Alexandre, o Grande, não acompanhou o crescimento da cidade até ela se tornar a capital egípcia à época, pois o rei macedônio morreu antes. Foi no reinado de seu sucessor, Ptolomeu II, que o auge se deu a ponto de a localidade tornar-se um centro comercial e cultural do período.
A cidade ganhou o apelido de “Escola de Alexandria” por ser um pólo de conhecimento na antiguidade. O matemático, filósofo e inventor grego Arquimedes viveu estudou na Escola de Matemática de Alexandria em sua juventude. Foi lá que acumulou importante conhecimento para seus estudos antes de voltar para Siracusa, sua terra natal.
Alexandria é atualmente a segunda cidade mais populosa do Egito, com pouco mais de cinco milhões de habitantes. Ela é superada somente pela capital Cairo, que passa de 20 milhões.
O principal porto do Egito fica localizado em Alexandria, concentrando boa parte das importações e exportações do país.
Muitos turistas que vão ao Cairo acabam incluindo Alexandria em seu roteiro de viagem, pois em um dia é possível conhecer as principais atrações da cidade e a distância para a capital é de um pouco mais de 200 km.
Um dos monumentos da época romana em Alexandria é o anfiteatro, construído no século IV da era cristã. Ele era palco de eventos e cerimônias realizadas no período.
No sítio arqueológico de Alexandria está a Coluna de Pompeu. Construída de granito vermelho, é um dos pontos preservados da cidade antiga.
Uma das personalidades históricas nascidas em Alexandria foi Cleópatra, rainha do Egito por mais de 20 anos.