San Marino foi fundado por um pedreiro cristão chamado Marinus, que fugiu das perseguições romanas. Ele se refugiou no Monte Titano, uma das montanhas dos Apeninos, onde começou uma pequena comunidade cristã.
O país foi fundado oficialmente em 3 de setembro de 301 d.C. San Marino conseguiu preservar sua soberania ao longo dos séculos devido a uma combinação de fatores, como seu isolamento geográfico, por exemplo.
Além disso, ao abrigar revolucionários italianos como Giuseppe Garibaldi, San Marino demonstrou seu compromisso com a liberdade dos povos, o que contribuiu para fortalecer seus laços com a recém-unificada Itália.
Ao longo dos séculos, a república manteve sua independência, passando praticamente ilesa pelas grandes guerras europeias e pela unificação italiana do século 19.
A Constituição de San Marino, uma das mais antigas ainda em vigor no mundo, foi promulgada em 1600.
San Marino é acessível por terra por meio da Itália, já que o país não possui aeroportos nem ferrovias.
A cidade italiana mais próxima é Rimini, que possui uma estação ferroviária conectada a várias cidades italianas.
De Rimini, é possível pegar um ônibus diretamente para San Marino, com uma viagem que dura cerca de 40 minutos.
O aeroporto internacional mais próximo é o Aeroporto Federico Fellini, também localizado em Rimini.
A Itália exerce uma clara influência sobre o idioma de San Marino, sendo o italiano a língua oficial do país.
No entanto, entre os aproximadamente 37 mil habitantes, cerca de 83% também falam o sammarinês, uma variação do dialeto romagnol, tradicionalmente falado na região da Emilia-Romanha.
Esse dialeto é usado principalmente pelos idosos e está em risco de desaparecer. Sem esforços de preservação e educação, o sammarinês pode se extinguir até 2040.
San Marino oferece uma variedade de atrações para turistas. A cidade principal, que leva o mesmo nome do país, concentra a maior parte das atrações turísticas, como restaurantes, hotéis e lojas.
Dois destaques são o Centro Histórico (Patrimônio Mundial da UNESCO) e a Fortaleza de Guaita, no topo do Monte Titano (foto).
Além da Guaita, as torres Cesta e Montale (foto) são símbolos do país e oferecem vistas espetaculares das montanhas e do Mar Adriático.
Outro ponto famoso localizado no Palazzo Pergami-Belluzzi, o Museu Estatal exibe artefatos arqueológicos, pinturas e peças históricas que ajudam a contar a história do país.
Outros museus famosos em San Marino são a Galleria Nazionale San Marino (que exibe arte contemporânea desde a década de 1950), o Museu de Armas Antigas (armas e armaduras através do tempo) e o Museu do Selo e da Moeda.
Além do idioma, a gastronomia de San Marino também é fortemente influenciada pela culinária italiana, especialmente da região da Emília-Romanha, com destaque para pratos à base de massa, carne e queijo.
A maioria dos pratos são adaptações de receitas italianas, com destaque para a piadina, um pão achatado recheado similar ao italiano.
San Marino usa o euro (€) como moeda oficial, embora não faça parte da União Europeia.
De uma forma geral, San Marino tem características em comum com países como a Suíça, devido ao seu pequeno território, seu isolamento em meio às montanhas e sua tradição de neutralidade política.