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Gênio da publicidade, Washington Olivetto morre aos 73 anos


Por Flipar
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Segundo informações de sua assessoria de imprensa, Olivetto morreu por volta das 17h15, em decorrência de pneumonia e choque séptico, que levaram à falência múltipla dos órgãos.

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Ele estava internado havia quatro meses no Hospital Copa Star, devido a uma infecção pulmonar.

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O hospital divulgou uma nota lamentando a morte do publicitário e se solidarizando com familiares e amigos. 'O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes', concluiu o comunicado.

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O corpo de Olivetto será levado para São Paulo nesta segunda-feira (14/10). A cerimônia de despedida será restrita a amigos e familiares. Relembre quem foi um dos publicitários mais premiados do Brasil!

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Filho de imigrantes italianos, Washington Olivetto nasceu em São Paulo, em setembro de 1951, e foi criado pela mãe, uma dona de casa, e pelo pai, que trabalhava como vendedor de tintas.

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Aos 17 anos, Olivetto iniciou o curso de publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), embora não tenha completado a graduação.

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Sua trajetória profissional começou em 1969, aos 18 anos, quando foi contratado como redator em uma agência de publicidade. Cinco anos depois, já conquistou seu primeiro Leão de Ouro no Festival de Cannes.

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No fim dos anos 1970, Olivetto lançou aquela que seria uma de suas peças mais relembradas: o “Garoto Bombril”.

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As propagandas estreladas pelo ator Carlos Moreno foram uma febre na TV brasileira, que incluíam, além do Bombril, o amaciante Mon Bijou e o pinho Bril.

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A campanha foi tão marcante que entrou para o Guinness Book como a 'publicidade que ficou mais tempo no ar em toda a história da propaganda mundial'. Foram 337 comerciais ao todo, sendo o último em 2004.

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Em 1986, o publicitário fundou a agência W/Brasil, ao lado dos sócios Javier Llussá Ciuret e Gabriel Zellmeister. O nome da empresa virou até letra de música de Jorge Ben Jor, tamanho o sucesso.

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Um ano depois, em 1987, lançou outra campanha que fez muito sucesso na época, intitulada 'Primeiro Sutiã', para a marca Valisère.

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A peça mostrava uma adolescente indo comprar sua primeira peça íntima e tinha como foco discutir a questão da puberdade feminina.

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Outra propaganda emblemática, 'Hitler', feita para o jornal F. de São Paulo em 1989, falava sobre como mentiras são capazes de manipular os pensamentos.

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As duas criações de Olivetto foram as únicas brasileiras a figurar na lista dos 100 maiores comerciais da história feita pela jornalista norte-americana Berneci Kanner.

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Em 1981, Olivetto ajudou a criar o movimento que ficou conhecido como Democracia Corinthiana, crítico ao regime militar que vigorou no Brasil.

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Já nos anos 1990, Olivetto foi responsável por mais uma propaganda marcante: a do “cachorrinho da Cofap“, que falava de uma marca de amortecedores.

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Em toda a sua carreira, Olivetto faturou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes. Além disso, ele também foi nomeado um dos 25 publicitários-chave do mundo pela revista britânica Media Internacional.

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Reconhecido mundialmente, o brasileiro faturou o Clio Lifetime Achievement Award, um dos prêmios de maior prestígio da publicidade mundial.

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Em 2014, Olivetto se tornou o único publicitário não anglo-saxão no Hall da Fama do The One Club de Nova York (uma espécie de “Calçada da Fama” do ramo da publicidade).

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A notoriedade internacional de Olivetto também trouxe consequências negativas. Em 2001, ele foi sequestrado por um grupo de chilenos e argentinos e mantido em cativeiro por 53 dias.

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Os criminosos negociaram um resgate milionário com a família, utilizando bilhetes escondidos em entregas de flores, latas de tinta e pacotes de farmácia.

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Olivetto foi libertado após um apagão no bairro do Brooklin (SP), quando os sequestradores, acreditando que se tratava de uma operação policial, abandonaram o local. Todos os criminosos foram presos.

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Washington Olivetto era casado com Patricia Viotti e deixou três filhos — Homero, Antônia e Theo —, além da esposa.

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