Escavadoras estão trabalhando na cidade de Hammamet para restaurar essas áreas, vitais para o turismo. Essa situação não é apenas uma questão ambiental, mas um reflexo das dificuldades econômicas do país, onde o turismo representa uma parte significativa do PIB e do emprego.
Entender as causas e consequências da erosão é fundamental para preservar tanto a natureza quanto a economia tunisiana.
A erosão das praias em Hammamet, um dos principais destinos turísticos da Tunísia, é uma preocupação crescente.
Afinal, nos últimos anos, muitas praias de Hammamet desapareceram, afetando a imagem do destino, que está a apenas 65 quilômetros de Túnis, a capital do país.
As praias do mundo estão sempre em movimento natural, com os mares arrastando e depositando sedimentos.
Entretanto, atividades humanas, como o desenvolvimento de propriedades costeiras e a extração de areia, aceleram a erosão. A construção de barreiras costeiras impede que os sedimentos se movam, resultando em praias desprovidas de material novo.
A costa tunisiana é uma fonte crucial de receita para o país, especialmente em tempos de dificuldades econômicas.
A Tunísia espera receber cerca de 10 milhões de turistas este ano, com o turismo contribuindo com aproximadamente 14% do PIB e gerando dezenas de milhares de empregos.
Com uma taxa de desemprego acima de 16%, a preservação das praias se torna ainda mais crítica. Estatísticas alarmantes revelam que a Tunísia perdeu mais de 90 quilômetros de praias devido à erosão, e 190 dos 570 km de praias onde é possível nadar estão em risco de desaparecer.
Para situar historicamente: a Tunísia é um pequeno país do norte da África, com uma rica história que remonta aos antigos cartagineses e à colonização francesa. Tem população de cerca de 12 milhões de habitantes.
O país possui uma geografia diversificada, que inclui regiões montanhosas ao norte, planaltos centrais e planícies desérticas ao sul, sendo banhado pelo Mar Mediterrâneo
A dualidade climática da Tunísia se reflete em sua vegetação. No norte, o clima mediterrâneo propicia uma rica flora, enquanto o centro-sul é caracterizado por condições desérticas.
A economia tunisiana é diversificada e bem desenvolvida, com setores primário, secundário e terciário. O turismo é um pilar essencial, proporcionando emprego e crescimento econômico.
A agricultura é importante, com produtos como azeitonas, uvas e tâmaras. Além disso, a Tunísia é um ator regional na produção de petróleo, ferro e fosfato.
O país também possui uma infraestrutura moderna de transportes, incluindo rodovias, ferrovias e aeroportos. O Aeroporto Internacional de Túnis-Cartago é um ponto crucial na conexão entre a África e a Europa.
A cultura tunisiana é fortemente influenciada pela religião, com a maioria da população (98%) sendo muçulmana. O Islamismo é a religião oficial do país.
As tradições musicais e literárias árabes são predominantes, e a culinária local destaca o uso de especiarias e frutas.
A Tunísia também abriga importantes centros históricos, incluindo as ruínas de Cartago, vestígios de uma das civilizações mais inflientes da Antiguidade, que espelhavam os avanços no comércio, arquitetura e cultura no Mediterrâneo.
O futebol é o esporte mais popular no país, com a seleção masculina desfrutando de grande apoio popular. Outros esportes, como handebol, vôlei e natação, também são amplamente praticados.
A erosão das praias tunisianas é um reflexo de um desafio maior, que envolve questões ambientais, sociais e econômicas. A conscientização e ações efetivas são essenciais para preservar as belezas naturais do país e seu patrimônio turístico.
A história da Tunísia é rica e suas potencialidades são imensas, mas é fundamental agir agora para evitar que as ondas da mudança levem embora o que resta de suas preciosas praias.