Vamos desmistificar essa informação e entender melhor, então, o cenário das urnas eletrônicas no contexto global, mas, especialmente, brasileiro.
A afirmação de que apenas Venezuela, Cuba e Brasil utilizam urnas eletrônicas é, na verdade, um equívoco, como informa o site oficial da Justiça Brasileira.
Para começar, a situação em Cuba é bastante distinta: o país não adota urnas eletrônicas nas suas eleições. A votação ainda ocorre por meio de cédulas de papel, um método tradicional que não envolve a tecnologia eletrônica.
A crença de que apenas esses três países usam urnas eletrônicas ignora a realidade de que, segundo o Instituto para Democracia e Assistência Eleitoral Internacional (Idea), pelo menos 46 nações ao redor do mundo utilizam algum tipo de sistema de votação eletrônico.
Segundo o Idea, seriam eles: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Suíça, Noruega, Bélgica, Áustria, Países Baixos, Finlândia, Estônia, Cingapura, Israel, Honduras, México, Venezuela, Cabo Verde, Costa Rica, Chile, Colômbia, Panamá, Filipinas, Indonésia, Malásia, Gana, Botsuana, África do Sul, Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Jamaica, Trinidad e Tobago, República Dominicana, Paraguai, Uruguai, Portugal, Suécia, Eslovênia, Letônia, Lituânia, Essuatíni e Barbad
É importante destacar que o uso da tecnologia no processo eleitoral é uma tendência crescente em diversas democracias ao redor do mundo.
Na Argentina, o sistema de votação ainda utiliza cédulas de papel. Durante as eleições, os eleitores recebem um conjunto de cédulas em que podem escolher seus candidatos.
Esse sistema é considerado tradicional e, embora tenha suas vantagens, como a possibilidade de auditoria mais direta, também enfrenta críticas em relação à agilidade e eficiência.
O processo pode ser mais demorado, especialmente em dias de alta demanda, resultando em filas longas e espera para os eleitores.
Além disso, o risco de erros humanos durante a contagem das cédulas pode levar a inconsistências nos resultados.
Especialistas sugerem que a adoção de tecnologias como a votação eletrônica poderia melhorar a agilidade e a segurança do processo, alinhando-se às tendências observadas em outras democracias.
A urna eletrônica utilizada no Brasil foi projetada e construída por brasileiros, levando em consideração as características e necessidades específicas do nosso país.
Isso significa que não há influência estrangeira no desenvolvimento do nosso sistema eleitoral, o que é um ponto fundamental para assegurar a integridade e a adequação das urnas às condições locais.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o órgão responsável pelo desenvolvimento dos softwares que operam as urnas eletrônicas.
O TSE tem se empenhado em garantir que a tecnologia utilizada seja não apenas segura, mas também acessível e eficaz.
Introduzidas na década de 1990, elas foram projetadas para facilitar e agilizar o processo de votação.
O sistema foi criado para promover a transparência e a confiança no processo eleitoral, aspectos essenciais para a manutenção da democracia.
As urnas são totalmente eletrônicas, permitindo que os eleitores registrem seus votos com um simples toque nos botões, eliminando a necessidade de cédulas de papel.
Um dos principais benefícios das urnas eletrônicas é a rapidez na apuração dos resultados. Após o fechamento das urnas, os dados são transmitidos em tempo real, permitindo que os resultados sejam divulgados poucas horas depois do término da votação.
Esse modelo de votação tem recebido reconhecimento internacional e é visto como um passo importante na direção de eleições mais justas e transparentes no Brasil.