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Unidos da Tijuca escolhe samba de Anitta e parceiros para o carnaval de 2025


Por Flipar
Reprodução/Canal do Fred Camacho

Ao lado de Anitta, os compositores Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau também fazem parte da obra escolhida pela direção da escola, encabeçada pelo presidente Fernando Horta.

Reprodução/Canal do Fred Camacho

“Desfecho aberto, sabido e festejado; caminhada longa, árdua e doce. O samba escolhido para eternizar na esfera musical o tão desejado enredo sobre Logun-Edé, nas suas linhas e entrelinhas, versa muito sobre nós, Unidos da Tijuca, e a história que nos leva até o Orixá Menino”, escreveu a escola de samba ao anunciar a escolha no Instagram.

Flickr JAIME RAMOS

Apesar de ter gravado o samba-enredo para concorrer no certame, Anitta afirmou que não pretende cantá-lo na Marquês de Sapucaí ao lado do intérprete oficial: Ito Melodia, filho do eterno Aroldo Melodia.

Divulgação

O enredo da Unidos da Tijuca contará a história de Logun-Edé, orixá de cabeça da cantora, que tem o candomblé como religião. O desfile terá a assinatura de Edson Pereira e o enredo foi desenvolvido pelos pesquisadores Mateus Pranto e Rodrigo Hilário.

Divulgação

A agremiação, que já está há dez anos sem títulos, será a primeira a desfilar na segunda-feira de Carnaval (3 de março). No último Carnaval, a Tijuca conquistou a 11ª colocação, com 265,7 pontos, apenas oito décimos acima da Unidos do Porto da Pedra, que acabou rebaixada.

Rafael Catarcione | Riotur

A Unidos da Tijuca é uma das escolas de samba mais antigas do Carnaval carioca, sendo fundada em 31 de dezembro de 1931. Ela tem as cores azul e amarelo e o pavão como símbolo maior.

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A escola é originada de diversos morros da Tijuca, tendo sua sede durante muitos anos no Morro do Borel. Atualmente, possui uma quadra na Avenida Francisco Bicalho, no bairro do Santo Cristo. Por outro lado, a agremiação irá construir uma nova sede, na Zona Portuária, em um terreno de 5 mil metros quadrados, ao lado do Terminal Gentileza.

Marco Antonio Teixeira/Riotur

Ao longo de sua história, a Unidos da Tijuca já possui quatro títulos do Grupos Especial: 1936, 2010, 2012 e 2014, assim como seis vices: 1934, 1948, 2004, 2005, 2011 e 2016.

Tata Barreto | Riotur

O nome 'Unidos da Tijuca' faz referência à união de blocos para fundar a primeira escola de samba da localidade. Inicialmente, o símbolo da agremiação consistia em duas mãos entrelaçadas e circundadas por dois ramos, um de café e outro de fumo e a inscrição 'UT'

reprodução youtube

A partir de 1984, a escola adotou o pavão real como símbolo. Desde sua fundação, a agremiação tem como cores o azul e o amarelo-ouro. Ambas escolhas são atribuídas à Bento Vasconcelos, um dos fundadores da escola.

Diego Mendes/Riotur

A Unidos da Tijuca foi a quinta escola de samba a ser fundada (depois de Deixa Falar, Portela, Mangueira e União de Vaz Lobo). A agremiação foi criada a partir da fusão de quatro blocos existentes nos morros da Casa Branca, Formiga, Borel e Ilha dos Velhacos: Velho Ismael Francisco e Dona Blandira, Velho Pacífico, Caroço e Dona Amélia.

Flickr/Imagens_2009

Em sua origem, a maioria de seus componentes eram operários da Fábrica de Cigarros Souza Cruz, da Fábrica de Tecidos Maracanã, do Lanifício Alto da Boa Vista, da Fábrica de Tecidos Covilhã e de outras fábricas de menor porte localizadas no bairro da Tijuca.

Scheila Chagas/Wikimedia Commons

Em 1936, a escola foi a grande campeã do carnaval carioca, com o enredo 'Sonhos delirantes'. Naquele desfile, realizado na Praça Onze, a agremiação trouxe uma inovação, apresentando alegorias aludindo o enredo.

Divulgação

De 1960 a 1980, enfrentou um período muito difícil, desfilando no segundo grupo e sem conseguir o acesso. Naquela ocasião, foi a campeã do Grupo 1B, em 1980, voltando ao grupo principal do carnaval carioca.

Arquivo Nacional

O empresário português Fernando Horta assumiu a presidência em 1992 pela primeira vez. Vascaíno convicto, o mandatário viu a escola homenagear o clube do coração do ano do centenário, em 1998. A agremiação, porém, foi rebaixada. Na foto, Horta com a taça do título de 2014.

Wikimedia Commons/Fernando Frazão

No ano seguinte, no Grupo de Acesso, a Tijuca fez um desfile memorável, com o enredo 'O Dono da Terra', recebendo todas as notas '10'. Aquele samba é considerado por muitos especialistas como 'antológico'. Em 2000, ficou em quinto no Grupo Especial, com o enredo 'Terra dos papagaios… Navegar foi preciso!'

Divulgação / Instagram Oficial Unidos da Tijuca

Depois dos enredos sobre Nelson Rodrigues (2001), Língua Portuguesa (2002) e Agudás (2003), a Unidos da Tijuca voltou a disputar títulos com a chegada do carnavalesco Paulo Barros. Em 2004, a escola surpreendeu e ficou com o vice-campeonato, através de um enredo que falava dos avanços da ciência.

Wilma Honesto/Wikimédia Commons

Paulo Barros trouxe uma revolução ao Carnaval, com a estética diferente ao apresentar alegorias humanas. 133 bailarinos, através dos seus movimentos, formavam uma espiral, representando o DNA. Uma das imagens mais marcantes da história da folia carioca.

Widger Frota wikimedia commons

Em 2005, foi novamente vice-campeã, com um enredo que falava de cidades e reinos do imaginário humano. Desta vez, ficou apenas a um décimo da campeã Beija-Flor, tendo sido a favorita do público e vencedora do Estandarte de Ouro de melhor escola

Wikimedia Commons/Andre Telles

Depois da passagem por Viradouro e Vila Isabel, o Paulo Barros retornou à Tijuca e, enfim, se sagrou campeão. Com o enredo 'É segredo!', a escola quebrou o jejum de 74 anos sem o título do Grupo Especial. A comissão de frente, dos coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, encantou o público, com as trocas de roupa.

Riotur/Pedro Kirilos

No ano seguinte, em 2011, a comissão de frente voltou a surpreender, no enredo 'Esta noite levarei sua alma', quando as cabeças dos componentes caiam, em ilusão de ótica. A agremiação foi vice-campeã, novamente ficando atrás da campeã Beija-Flor.

Mauro Samagaio/Wikimédia Commons

Para o carnaval 2012, num desfile correto e pela primeira vez com um tema mais tradicional, Paulo Barros conquistou o título para a escola ao homenagear Luiz Gonzaga, o 'rei do baião'

Rafael Moraes/ Riotur

Após o enredo sobre a Alemanha, a escola fez uma homenagem ao ex-piloto Ayrton Senna e levou o tetra do Carnaval carioca. Além de reverenciar o ídolo nacional, o carnavalesco Paulo Barros mostrou o universo da velocidade e do automobilismo.

Flickr/Andre Lobo

Por fim, em 2017, a escola levou para a Sapucaí o enredo “Música na alma, inspiração de uma nação”. Contudo, um dos andares do segundo carro alegórico cedeu, deixando pelo menos quinze feridos. Devido a este acidente e ao que ocorrera com a alegoria do Paraíso do Tuiuti, ficou determinado que nenhuma escola desceria para a Série A.

Reprodução/TV Globo

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