A escola botou uma placa dizendo que a área é sujeira à infestação de carrapatos nessa época de seca. Uma cerca divide a área da escola de uma região de mata, perto de um córrego, onde vivem capivaras. E esses mamíferos transportam os parasitas.
O biólogo Carlos Bomtempo, ouvido pela TV Globo, disse que os carrapatos não colocam ovos no animal, mas sim no ambiente. Os animais vão embora, os ovos ficam e a dedetização não atinge os ovos. Quando eles eclodem, os carrapatos já nascem buscando sangue para se reproduzir.
A direção da escola disse que tomou medidas para resolver o problema. Entre elas, a mudança do local das areas de educação física, já que a quadra de esportes ficava perto de um local com maior incidência de carrapatos.
A escola também fez a dedetização do espaço, o reforço da grade de proteção para evitar a entrada de capivaras e a roçagem do mato seco.
Carrapatos são aracnídeos parasitas que se alimentam do sangue de animais vertebrados, incluindo mamíferos como os seres humanos, aves, répteis e anfíbios. Eles habitam tanto as áreas urbanas como rurais.
Em ambientes rurais, os carrapatos são um grande problema para os animais como bois, cavalos e porcos. Eles causam desconforto e estresse nos rebanhos, e também podem transmitir doenças como a babesiose e a anaplasmose, que afetam a saúde e a produção dos bichos.
Em todo o mundo, há mais de 900 tipos diferentes de carrapatos. No Brasil, existem cerca de 230. Veja agora as principais espécies e como se prevenir com segurança!
Carrapato-estrela: Também conhecido como carrapato-de-cavalo, esse tipo de carrapato é encontrado comumente em áreas selvagens e em fazendas, e é visto frequentemente em capivaras, cavalos, cães e outros animais.
Se ele estiver infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii e picar uma pessoa, pode transmitir a febre maculosa, que pode causar sintomas graves e, em casos mais severos, até mesmo levar à morte.
Carrapato-de-boi: É uma das espécies mais comuns e prejudiciais no Brasil, especialmente para os fazendeiros.
Ele afeta principalmente o gado bovino, causando anemia enfraquecimento e até anemia nos animais.
Ele é encontrado principalmente em áreas de pastagem e campos abertos, onde vivem uma variedade de animais, incluindo cavalos, bois, capivaras e até mesmo seres humanos.
Carrapato-marrom: Também conhecido como carrapato-de-cachorro, é uma espécie comum de carrapato que parasita cães, mas também gatos e outros animais domésticos.
Esses carrapatos são conhecidos por transmitir doenças como a erliquiose e a babesiose canina, que podem ser graves e até mesmo fatais para os animais.
Carrapato-de-galinha: É um ácaro parasita comum em aves de criação, especialmente em galinhas e outras aves. Eles se alimentam do sangue das aves durante a noite, causando irritação na pele, perda de peso e diminuição da produção de ovos.
O ciclo de vida do carrapato-de-galinha é curto, geralmente de uma a três semanas, o que o torna capaz de se multiplicar rapidamente em condições favoráveis.
Evitar que os carrapatos se estabeleçam nos lugares é mais fácil do que controlá-los depois.
Limpar regularmente os pastos, remover plantas altas, folhas secas e sujeira, ajuda a reduzir o ambiente favorável para os carrapatos.
Animais como gado e cavalos devem ser mantidos longe de áreas com muita sombra, onde os carrapatos podem ficar escondidos.
Um programa de banhos regulares com produtos para carrapatos deve ser seguido para eliminar os insetos e evitar novas infestações.
Já para remover os carrapatos da pele, deve-se use luvas de látex ou borracha para proteger as mãos antes de retirá-los.
Depois, com uma pinça fina de ponta longa, segure o carrapato o mais próximo possível da pele do animal ou pessoa, agarrando-o pela cabeça.
Não torça ou vire o carrapato, pois isso pode fazer com que sua boca fique presa na pele. Com movimentos suaves e firmes, puxe-o para fora.
Depois de remover o carrapato, limpe a área da picada com água e sabão ou um antisséptico para evitar infecções.
Após remover o carrapato, coloque-o em um recipiente com álcool ou água sanitária para matá-lo. Nunca o esmague com os dedos, pois isso pode liberar germes.
Fique de olho na área da picada nos próximos dias. Caso note algum inchaço, vermelhidão intensa ou reação incomum, procure atendimento médico ou veterinário com urgência.