Nascido em Astoria, Queens, Nova Iorque, Anthony Dominick Benedetto se tornou um ícone na música romântica e do jazz, fazendo sucesso por mais de 70 anos!
O cantor vem de uma família de imigrantes italianos que se fixaram em Astoria, bairro de Nova York, no distrito do Queens. Seu pai (foto) era proprietário de uma mercearia, mas morreu quando Tony tinha apenas 10 anos.
Ao ficar viúva, sua mãe Anna Maria (foto), uma costureira, teve que buscar novas maneiras para sustentar a família durante a Grande Depressão no país, nos anos 1930.
Desde muito jovem, Bennett demonstrava seu talento com a música e começou a ganhar dinheiro no segmento de forma precoce.
Em 1936, quando tinha nove anos apresentou-se na abertura da Triborough Bridge, famosa ponte em Nova Iorque que liga os distritos de Manhattan, Queens e o Bronx.
Quando entrou na faculdade, na Escola Superior de Arte e Design de Nova Iorque, ele teve a certeza de que deveria ser cantor profissional.
Bennett precisou interromper a sua carreira artística por um tempo para servir ao Exército dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, como atirador de infantaria. Na foto, ele como soldado.
Após ser descoberto pelo produtor Bob Hope, Bennet assinou um contrato com a produtora Columbia Records, em 1949. Dois anos depois lançou a sua primeira canção que alcançou o sucesso nas paradas pop: 'Because of You'.
No mesmo ano, ele regravou a música de Hank Willian, 'Cold, cold heart', e mais uma vez teve destaque.
Um biógrafo de Bennett escreveu que ele recebeu um empurrãozinho da Máfia de Al Capone para deslanchar na carreira. Segundo o 'Daily News', em 1960 ele teria pagado US$ 600 mil para cortar seus laços com a máfia.
Em 1953, emplacou mais um hit com “Rags to Riches”. Graças à obra, voltou ao topo dos cantores mais escutados nos Estados Unidos. A música 'Blue Velvet' também ganhou bastante popularidade.
Depois, Bennett se aventurou no jazz. O resultado foi o álbum 'The Beat of My Heart', que ganhou elogios da crítica e caiu no gosto do público americano.
Em 1962, ele lançou a música que se tornou a grande referência do seu trabalho: 'I Left My Heart in San Francisco'.
A performance de Bennett encantou Frank Sinatra , que rasgou elogios para ele numa entrevista para a revista Life, em 1965: “A meu ver, Tony é o melhor cantor da indústria. Eu me emociono quando o vejo, me comove'.
A carreira de Bennett teve altos e baixos e ele foi prejudicado pelo vício em cocaína. Também teve problemas financeiros, com dívida de US$ 2 milhões. Mas, conseguiu se reerguer depois de entregar a administração de sua carreira ao filho Danny.
Nos últimos anos de carreira, Tony lançou álbuns focados em duetos. Em 2011, ao lado de Amy Winehouse , regravou um clássico do jazz da década de 1930: 'Body and Soul'. Eles receberam o Grammy de melhor performance de dupla/grupo pop pelo trabalho.
Tony também cantou com Paul McCartney (foto), a rainha do Soul Aretha Franklin, o astro country Willie Nelson e o vocalista da banda do U2, Bono, entre outros. Ele também produziu com artistas brasileiros, como Roberto Carlos, Ana Carolina e Maria Gadu.
Bennett teve 2 recordes: o cantor mais velho a produzir e estrear um álbum, com Love for Sale, e a pessoa mais velha a alcançar o primeiro lugar na parada de sucesso dos EUA, com 'Cheek to Cheek'.
Além disso, ele teve 41 indicações ao Grammy e venceu 18. Um deles foi na categoria 'Contribuição em Vida', pelo conjunto da obra durante sua carreira. Além disso, Bennett ganhou uma estrela na calçada da fama de Hollywood
Nos últimos anos, a amizade entre Bennett e Lady Gaga ganhou os holofotes. Após algumas apresentações, os dois lançaram dois álbuns juntos: 'Cheek to Cheek' (2014) e 'Love for Sale' (2021).
Lady Gaga, inclusive, já posou sem roupa para o amigo — Bennett também era artista plástico e costumava fazer ilustrações e pinturas. O quadro foi posto à venda em um leilão.
Tony Bennett morreu em casa, na cidade de Nova York, em 21 de julho de 2023. A causa da morte não foi divulgada.