A data visa a conscientizar sobre a importância do milho como fonte de alimento para seres humanos e animais. Ele apresenta uma cultura versátil, sendo utilizado não apenas como alimento básico, mas também como matéria-prima na produção de biocombustíveis, amidos, óleos e uma variedade de produtos industriais.
Além disso, tem uma contribuição para a segurança alimentar, especialmente em regiões onde é uma fonte primária de nutrição. O dia internacional deste alimento mostra a importância na necessidade de preservar e aprimorar as práticas agrícolas relacionadas ao cultivo.
O milho é absolutamente necessário na vida da sociedade moderna, notadamente concentrada no ambiente urbano (no mundo, cerca de 60%, e no Brasil, cerca de 85% da população vive nas cidades).
Ele é um cereal rico em carboidratos e o segundo grão mais produzido no território brasileiro. É um alimento nutritivo, energético, rico em fibras e em compostos bioativos, que faz parte da culinária nacional.
O milho pode ser verde, doce, de pipoca, grãos secos, estar em bebidas e usos industriais. Além disso, pode aparecer em bioetanol de amido, silagem e corte e pastejo. Usos que mostram a versatilidade dos diferentes tipos de milho cultivados no Brasil.
A safra brasileira de grãos (2022/2023) está estimada em 77 milhões de hectares, 312 milhões de toneladas, e produtividade média de 4.048 kg/ha. O milho total equivale a 22 milhões de hectares e a 124 milhões de toneladas, com produtividade média de 5.617 kg/ha.
Ao longo das últimas cinco décadas, a cultura do milho passou por uma verdadeira revolução no Brasil. Considerando o período a partir de 1976/1977, houve um crescimento de 83% da área plantada e de 484% da produção.
Em 2023, a Embrapa comemorou 50 anos de implantação e de contribuições para a agropecuária brasileira. No caso do milho tropical, é relevante argumentar sobre entregas técnico-científicas, empreendedorismo e arranjos produtivos.
Historicamente, a chegada do milho no Brasil teria ocorrido no século XVI, com a vinda dos portugueses para sua colônia na América do Sul. Eles costumavam comemorar a colheita do trigo, que acontecia durante o verão no Hemisfério Norte, entre junho e agosto.
Desta forma, fizeram com que a celebração ocorresse com algo que fosse mais típico da terra onde estavam. Sendo assim, foi escolhido o milho, que já era consumido pelos índios nativos. A partir disso, o cereal se popularizou em todas as regiões do país.
Esse tipo de cereal conta com alto valor nutritivo, sendo fonte de diversos tipos de vitaminas, Entre elas, a A (boa para a saúde dos olhos), C (que melhora a imunidade do organismo) e E (boa para reduzir risco de doenças cardíacas).
O milho tem diversos benefícios para os seres humanos e os animais. Entre eles, proteger as células, reduzir os níveis de colesterol, prevenir problemas cardíacos e controlar a taxa de açúcar no sangue.
O milho apresenta carotenóides ligados à prevenção de doenças degenerativas da visão, como a zeaxantina e a luteina. Os carotenóides presentes em maior concentração na região macular da retina do olho humano. O que mostra sua importância também na prevenção da cegueira.
As fibras resultantes do processamento do milho por meio da moagem também possuem efeitos benéficos à saúde humana. Eles influenciam no perfil das lipoproteínas – conjunto de proteínas e lipídeos que ajudam o transporte da gordura pelo plasma – e nos níveis de colesterol sanguíneo
Normalmente, no Dia do Milho os agricultores realizam festivais com demonstrações de comidas típicas feitas a base deste cereal, além de concursos de artesanatos feitos com partes da espiga do milho.
Devido à importância que este alimento tem para o país, foi instituído o 24 de maio, um mês antes do São João, como o Dia Nacional do Milho, através da lei nº 13.101, de 27 de janeiro de 2015.
No Nordeste do Brasil, o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no Semi-Árido. Outro exemplo disso está na população mexicana, que tem no milho o ingrediente básico para sua culinária.
O uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal, isto é, cerca de 70% no mundo. Nos Estados Unidos, cerca de 50% é destinado a esse fim, enquanto que no Brasil varia de 60% a 80%.
Embora seja versátil em seu uso, a produção de milho tem acompanhado basicamente o crescimento da produção de suínos e aves, no Brasil e no mundo. Fato esse relacionado com a demanda por esse grão, que é um ingrediente importante na composição das rações para esses animais.
Além dos suínos e dos frangos, também fazem parte da demanda por milho para alimentação animal, os bovinos e os pequenos animais. O mercado para o uso desse cereal como alimento também para animais está em crescimento, visto a demanda de rações para os de pequeno e grande porte.
O milho pode ser utilizado de várias maneiras na nutrição animal, podendo ser oferecido in natura, processado, seco ou úmido. A trituração é o método mais difundido para a alimentação dos rebanhos, pois permite uma maior digestibilidade em comparação a outros formatos de consumo.
A indústria do milho atua ainda em variadas frentes, como: insumos à produção agrícola (produção de sementes); rações para alimentação animal e produção de amido.
Além de produção de grits, fubá, flocos de milho, etc, e na área industrial de segundo processamento de produtos derivados do milho (snacks, cereais matinais, mistura para bolos, sopas, entre outros).
Outra sensação na culinária brasileira, que está sempre atrelada ao cinema e a um bom filme é o milho de pipoca. A principal característica do milho de pipoca é ser rico em fibras e quando feito sem óleos é um alimento de baixa caloria.
No Brasil, o milho se consolidou como um dos principais símbolos das festas juninas por ser a matéria-prima utilizada em inúmeros pratos dos festejos. Entre eles, pipoca, pamonha, canjica, cuscuz e milho cozido.
No mês de junho, começa a temporada de colheita do cereal nas plantações, com trabalhos que ocorrem até agosto. O cereal traz uma pluralidade na cozinha, visto que está presente em diversos momentos e receitas.
Outra iguaria presente nas festas juninas que contém milho em sua receita é a pamonha. Ela é demandada pelos consumidores, que nela buscam alimentar a sua identidade e reforçar a territorialidade criada pelos grupos familiares.
Por fim, além de cozido em si, outras comidas derivadas desse grão, como canjica, pamonha, pipoca, curau e o bolo de milho ou fubá, são servidas durante os festejos juninos e julinos.