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Pesquisa aponta asfalto brasileiro como o segundo pior do mundo


Por Flipar
Reprodução/TV Liberal

A conclusão deu-se a partir da análise de dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Compare The Market, site britânico de comparação de preços.

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O estudo do CupomVálido também posicionou o Brasil como o segundo pior país para se dirigir. A avaliação levou em conta dados de mortalidade no trânsito, congestionamento das vias e custos para manutenção dos veículos.

Imagem de Cristhian Adame por Pixabay

De acordo com especialistas, o problema do asfalto no Brasil está menos relacionado à qualidade do material e mais ao desgaste excessivo e à falta de manutenção das vias.

Reprodução/Twitter @AbedaOficial

O fato de o Brasil ser um país extenso e que prioriza o transporte rodoviário no escoamento da produção leva a uma maior saturação do asfalto, encurtando sua vida útil.

Reprodução/Twitter @AbedaOficial

“O Brasil tem essa particularidade de ser um país rodoviário e, junto com as proporções continentais, tem todo esse escoamento de produção via malha rodoviária e falta de investimento. O que há é uma saturação da malha”, afirmou Diego Ciufici, superintendente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda), ao Jornal da USP.

Reprodução/Twitter @AbedaOficial

Dados do Banco Mundial apontam o Brasil (58%) como o país de maior concentração rodoviária de transporte de cargas e pessoas entre as maiores economias do mundo.

Imagem de Markus Spiske por Pixabay

Estudo de 2018 da Fundação Dom Cabral apontava a malha rodoviária brasileira como responsável por escoar 75% da produção do Brasil, seguida de longe pelo modais marítimo (9,2%), aéreo (5,8%) e ferroviário (5,4%).

Agência Brasil

Apenas em estradas federais sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) o país tem 61 mil km.

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Segundo explica Ciuifi, na pavimentação o asfalto, que representa a superfície, é uma pequena fração dos materiais utilizados. A base precisa ser sólida para garantir a qualidade.

Reprodução/Twitter @mtransportes

O especialista ainda criticou as propaladas operações tapa-buraco das gestões públicas pelo Brasil, que, segundo ele, muitas vezes funcionam apenas como paliativo.

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Kamilla Vasconcelos Savasini, coordenadora do Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da USP, cita fatores que vão além da qualidade para a produção de vias esburacadas, cenário muito comum no cotidiano dos brasileiros.

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Problemas estruturais no projeto de uma via, por exemplo, podem provocar buracos. Entre as falhas de planejamento estão as que não levam em consideração fatores climáticos na concepção.

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De acordo com a Confederação Nacional do Transporte, mais da metade das rodovias brasileiras apresenta situação regular, ruim ou péssima.

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Um dos problemas citados pelo órgão é o excesso de peso no transporte de cargas, com alguns caminhões trafegando com toneladas acima do limite permitido.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O calor é outro fator mencionado por especialistas para degradação mais rápida das vias. A temperatura no asfalto pode alcançar 70º C no meio do dia em algumas regiões.

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Matéria do Jornal Nacional de dezembro de 2023 deu detalhes de uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás sobre o asfalto utilizado em diversas regiões brasileiras.

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O estudo concluiu que há materiais, como a borracha triturada, que prolongam a durabilidade das rodovias.

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Material à base de restos de pneus, mais resistentes às altas temperaturas, têm sido utilizado em estradas com bons resultados.

Divulgação Michelin

“Ele suporta 200 vezes mais carga do que o convencional', destacou ao JN a Lilian Ribeiro Rezende, professora de engenharia e especialista em pavimentação.

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