Um dos dados que chamam atenção é o crescimento do número de divórcios. Foram 420.039 separações de casais em 2022, um aumento de 8,6% em relação a 2021
E tem sido mais comum o acordo entre os ex-cônjuges para a criação dos filhos após o divórcio. Assim, a guarda compartilhada vem sendo adotada por muitos casais.
Em 2014, quando uma lei determinou que esse tipo de acordo deveria ser prioridade, o índice de adesão era de 7,5%. Em 2022, saltou para 37,8%
Sobre a faixa etária das mulheres que têm filhos, no ano 2000, 21,6% tinham menos de 20 anos; hoje esse índice caiu para 12,1% .
Em relação às mulheres que se tornam maes entre 20 e 29 anos de idade, no ano 2000 elas representavam 54,5% das gestantes. Hoje essa faixa etária tem 49,2% do total.
Já sobre as mulheres que engravidam e têm filhos acima de 30 anos de idade, o índice subiu de 24% para 38,7% no período.
O número de nascimentos está caindo no Brasil. O país chegou ao menor patamar de nascimentos desde 1977.
Foram 2.527.078 bebês nascidos em 2022. Uma queda de 3,5% em relação a 2021, quando foram registrados 2.630.703 bebês.
O número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo foi recorde em 2022: 11 mil uniões. Quase 20% a mais do que em 2021.
Em todo o país, foram realizadas 6.632 uniões entre mulheres e 4.390 entre homens.
Houve crescimento nas uniões homoafetivas em todas as regiões do país. A maior alta foi registrada na Região Norte (32,8%), seguida de Sudeste (23,9%) e Sul (19,5%).
O aumento do número de casamentos homoafetivos foi bem maior do que o crescimento do número de casais de sexos opostos que decidiram se casar (essa alta entre heterossexuais foi de 4%)
Entre os heterossexuais, houve um crescimento no número de pessoas que se casaram com mais de 40 anos de idade.
Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais. Em 2022, essa faixa representou 24,1% dos registros de união.
Os homens que se casaram com mais de 40 anos eram 10,2% do total no ano 2000 e 30,4% em 2022
O IBGE também traz dados sobre mortes no Brasil. O país registrou, em 2022, 1,5 milhão de óbitos, uma queda de 15,8% (281 mil a menos) em comparação com o ano anterior.
Segundo o IBGE isso reflete a recuperação das pessoas após a pandemia. Porém, o início de 2022 também foi marcado pela terceira onda de Covid-19 no Brasil, provocada pela variante Ômicron, além de uma epidemia de Influenza
Chama a atenção o aumento do número de óbitos de pessoas com menos de 15 anos de idade. No total, foram 40,1 mil mortes de pessoas de 0 a 14 anos, 7,8% a mais do que em 2021 (37,2 mil)
O maior aumento ocorreu com as crianças de 1 a 4 anos:. Foram 6 mil óbitos, 27,7% a mais do que em 2021 (4,7 mil).
Todas as demais faixas etárias a partir de 15 anos tiveram redução do número de óbitos, com destaque para as faixas etárias de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos, que registraram queda de 30,1% e 30,5%, respectivamente.