Trata-se do coral-sol, espécie nativa dos oceanos Índico e Pacífico. E que, portanto, não existiria no Oceano Atlântico- que banha o Brasil - exceto chegando de forma não natural.
Para os cientistas, o coral-sol deve ter chegado justamente em cascos de navios que vieram de países do Índico e do Pacífico
Essa espécie vem se espalhando no litoral brasileiro desde a década de 1980 e a situação foi se agravando de tal forma que o governo criou um plano para contenção.
Desde 2018 o Ministério do Meio Ambiente e órgãos vinculados a ele, como o Ibama , fazem monitoramento e tentam evitar a proliferação do coral-sol .
Atualmente, duas variedades de coral-sol são encontradas na costa do Brasil. Elas estão espalhadas desde o Ceará até Santa Catarina
Com o método de remoção manual, mergulhadores retiram as colônias de coral-sol usando marreta e talhadeira
Essa estratégia é considerada adequada porque não usa produtos químicos e remove apenas o coral-sol sem afetar outras espécies
Recomenda-se retirar as colônias de forma integral, pois qualquer tecido remanescente tem a capacidade de regeneração.Fragmentos minúsculos podem dar origem a novos pólipos.
Cada colônia removida do substrato deve ser acondicionada de forma individual com água do mar individualmen com água do mar no recipiente
Pesquisadores observaram que as colônias de coral-sol podem liberar larvas em decorrência do estresse causado pela remoção.
Também é necessário respeitar a época certa para esse trabalho, pois, segundo pesquisadores da USP - Universidade de São Paulo- uma remoção em período inapropriado pode causar efeito inverso, favorecendo a proliferação
Mergulhadores têm atuado de forma persistente na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, arquipélago formado por quatro ilhas entre Florianópolis e Bombinhas, no litoral norte de Santa Catarina
Desde 2012, quando os trabalhos começaram envolvendo mergulhadores na remoção dos invasores , mais de 35 mil colônias de coral-sol foram retiradas em 100 ações de manejo.
O material recolhido é levado para análise nos laboratórios na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que mantém parceria comInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A Universidade Federal de Santa Catarina foi fundada em 18/12/1960 e fica na capital Florianópolis. No ranking mundial da Times Higher Education, a UFSC é uma das doze brasileiras entre as 1.200 melhores universidades do mundo.
O Insituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, fundada em 2007, leva o nome do seringueiro acreano que ganhou fama internacional em defesa do meio ambiente e foi assassinado.