No começo do verão na Europa, algumas empresas agrícolas começam a buscar trabalhadores para o processamento de tomates, assim como outros legumes, frutas e vegetais.
A Conserve Italia é uma das líderes no mercado italiano e europeu, com sede em San Lazzaro di Sàvena (na província de Bolonha).
No anúncio que a empresa fez por meio da imprensa, eles explicam que precisam de 1.350 funcionários sazonais para trabalharem da segunda quinzena de julho até o final de setembro de 2024.
A Conserve Italia é responsável pela operação de oito fábricas na Itália: seis na Emilia-Romagna, uma na Toscana e uma na região de Puglia.
Para quem deseja se candidatar, a empresa não exige experiência anterior. É preciso ter pelo menos 18 anos. Além de produção, técnica e logística, os funcionários terão que lidar com o fornecimento de matéria-prima, transformação de produtos, controle de qualidade, gestão de armazéns e limpeza.
A colheita de tomates na Itália é um costume tradicional do país e acontece principalmente no verão europeu, de julho a setembro, acompanhando os ciclos de maturação dos frutos.
A produção de tomates é fundamental para a agricultura da Itália, tanto para consumo direto quanto para processamento industrial.
A fama da Itália como produtora de tomates se deve a uma combinação de fatores históricos, climáticos e culturais.
O tomate chegou à Europa no século XVI, mas foi na Itália, especialmente em Nápoles, que ele se popularizou como ingrediente culinário.
Logo o tomate se tornou um ingrediente fundamental na culinária italiana, presente em diversos pratos, como molhos, pizzas, massas e saladas.
Os agricultores italianos se dedicam a cultivar tomates de alta qualidade, utilizando técnicas aprimoradas ao longo de gerações.
A Itália possui uma grande variedade de tomates, cada um com características únicas de sabor, textura e aroma.
Hoje em dia, as principais regiões produtoras de tomates na Itália são Puglia, Emilia-Romagna, Campânia e Sicília.
A Itália possui cerca de 90.000 hectares de terras cultivadas com tomate, produzindo em torno de 6 milhões de toneladas anualmente.
Isso faz da Itália um dos maiores países exportadores de tomate do mundo: cerca de 60% da produção é exportada para outros países da Europa, Estados Unidos, Japão e Canadá.
No Brasil, alguns mercados vendem produtos importados diretos da Itália, como os 'molhos de tomate pelados'. Conheça os principais tipos de tomates produzidos na Itália!
San Marzano: Conhecido como 'rei dos molhos', o San Marzano é famoso por sua forma alongada, sabor adocicado e polpa densa com poucas sementes. É cultivado principalmente na região da Campânia.
Pomodoro Datterino: Também conhecido como tomate cereja italiano, é caracterizado por seu formato pequeno oval, sabor doce e pele fina. Sua doçura natural o torna versátil, podendo ser utilizado em diversos pratos, desde saladas até conservas.
Cuore di Bue: O nome Cuore di Bue, que significa 'coração de boi' em italiano, faz referência ao formato grande e achatado deste tomate. Possui um sabor com pouca acidez, ideal para consumir fresco em saladas ou em recheios de sanduíches.
Pomodoro Corbarino: Originário da região do Lácio, o Pomodoro Corbarino se destaca pelo sabor equilibrado entre doçura e acidez, com um toque frutado.
Pomodoro Nero di Val Gardena: Também conhecido como tomate preto da Val Gardena, é uma variedade rara e única. Sua cor escura quase roxa e sabor intenso com notas defumadas o tornam um ingrediente especial para pratos gourmet.
Pomodorino di Pachino: Cultivado na Sicília, o Pomodorino di Pachino é conhecido por seu sabor adocicado, com um toque de salinidade proveniente da água do mar. Sua polpa suculenta e pele fina o tornam ideal para consumo fresco ou em saladas.
Pomodoro Piennolo: Originário da Campânia, é um tomate pequeno e enrugado com sabor intenso e concentrado. Tradicionalmente pendurado em cachos para secar, é utilizado para produzir o famoso 'Pomodorino del Piennolo Dop'.
Pomodoro Vesuvino: Cultivado nas encostas do Vesúvio, esse tomate, que já foi até considerado o melhor do mundo, se beneficia do solo vulcânico da região, resultando em um sabor único com notas minerais.