O resultado foi uma multiplicidade de tipos de espantalhos, alguns com rostos expressivos e bravos, geometrias diversas e outros de características abstratas.
“Um aspecto significativo da evolução dos espantalhos é o uso de recipientes de plástico, juntamente com outros materiais modernos, como máscaras e roupas industriais”, afirmou o fotógrafo à imprensa britânica. Confira a seguir mais algumas dessas imagens!
Um espantalho com ares bem jovens, de rosto angelical. Será que cumpre seu objetivo?
Espantalho de pouca elaboração, com rosto redondo em verde e sem traços.
Um espantalho em que as formas sugerem uma figura de idade avançada com os braços erguidos para a frente.
Um espantalho que sugere um fantasma, nas palavras do próprio fotógrafo. Colin Garrat cita o poeta Walter de la Mare, que referia-se a figuras que assustavam não só os corvos como até mesmo os homens.
Espantalho sorridente em uma vasta plantação.
Aqui um espantalho de aspecto sinistro, com o ventre atravessado por uma pedaço de madeira, o rosto de um boneco e sem membros superiores.
Cabeça alongada, bizarra. Garrat diz que alguns “criadores” não acham necessário haver uma expressão no rosto do espantalho para que ele espante os invasores das plantações.
Outro exemplo de espantalho sem expressões registrado pelas lentes de Colin Garrat.
Um espantalho levemente simpático no interior britânico.
O uso de espantalhos em plantações tem sua origem no Egito antigo, há mais de cinco mil anos. Para espantar as codornas, os proprietários de terra recorriam a armações de madeira com rede que capturava a ave.
Os primeiros registros históricos do uso de espantalhos com formas humanas estão na Grécia Antiga. Eles ostentavam uma foice e porrete nas mãos.
No mesmo período, no Japão havia os kakashis, que eram vestidos com capas de chuva e chapéus de palha. Atualmente, é possível encontrar espantalhos em plantações de arroz no país asiático
Com o passar dos séculos, várias culturas adotaram o uso dos bonecos para espantar predadores das plantações.
Uma versão sem lastro em documentos, tratada como lenda, diz que na Idade Média os fazendeiros recorriam a meninos para espantar as aves. A redução populacional pela peste negra teria forçado os donos de terra a utilizarem bonecos com essa finalidade.
Há plantações que contam com pares de espantalhos, como um fotografado na Coreia do Sul.
No interior da Coreia do Sul também há diversidade de tipos de espantalhos. Em geral, eles carregam um semblante mais “amistoso”. Mas também há os bonecos que carregam aspectos sinistros.
O espantalho já foi personagem de cinema. No clássico musical “O Mágico de Oz”, baseado no livro de literatura infantil escrito por L. Frank Baum, a garota Doroth (Judy Garland) encontra um espantalho (Ray Bolger) que anseia ter um cérebro.