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Drones assassinoss que agem sozinhos preocupam os EUA


Por Flipar
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A questão tem gerado uma série de discussões sobre a necessidade de regulamentar o uso desses equipamentos em determinadas situações.

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A própria ONU já manifestou preocupação acerca do tema.Uma delas provoca reflexões em torno do risco de dar a programas de inteligência artificial (IA) a capacidade de decidir quem deve viver..

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Segundo o NYT, em algum momento a inteligência artificial pode permitir que sistemas de armas façam suas próprias escolhas sobre os alvos. .

wikimedia commons US Naval Forces Central Command

As 'armas autônomas letais', como estão sendo chamadas, têm recebido um olhar atento de especialistas preocupados.

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Apesar disso, armas autônomas não são uma novidade. Minas terrestres, que disparam automaticamente quando alguém ou algo passa sobre elas, foram usadas já no século 19 durante a Guerra Civil nos Estados Unidos.

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Apesar de terem sido usadas muito antes da ideia de IA surgir, essas armas são relevantes para as discussões atuais porque funcionam sem a necessidade de intervenção humana e sem distinguir entre alvos pretendidos e vítimas não intencionais.

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A partir do final dos anos 1970, os Estados Unidos começaram a ampliar o conceito de armas automatizadas com a criação da “Mina Antissubmarino Captor”.

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Essa mina podia ser lançada de um avião ou navio, fixando-se no fundo do oceano e permanecendo lá até explodir automaticamente quando os sensores detectassem a presença do inimigo.

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Nos anos 1980, muitos navios da Marinha passaram a depender do sistema de armas AEGIS, que usa um radar potente para localizar e seguir mísseis inimigos.

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Quando está no modo automático, esse sistema é capaz de lançar mísseis defensivos sem a necessidade de intervenção humana.

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Outra tecnologia parecida veio com o Míssil Ar-Ar de Médio Alcance Avançado AIM-120. Ele possui um buscador de radar que aprimora a trajetória do míssil enquanto tenta neutralizar aeronaves inimigas.

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Segundo escreveu Paul Scharre, ex-oficial de alto escalão do Pentágono e autor do livro 'Exército de Ninguém', essas munições têm um certo grau de 'autonomia limitada'.

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Mais recentemente, a guerra na Ucrânia popularizou o uso de um tipo de armamento automatizado chamado “munições de espera”.

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Embora tenham ficado famosos agora, esses dispositivos existem desde pelo menos 1989.

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Na época, um militar israelense introduziu o Harpy, um drone que conseguia permanecer no ar por cerca de duas horas, procurando por sistemas de radar inimigos e atacando-os.

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Empresas militares dos Estados Unidos, como a AeroVironment, comercializaram recentemente munições de espera semelhantes que contêm uma carga explosiva.

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O Switchblade 600, nome dado a essa unidade, voa até localizar um tanque ou alvo e lança uma carga explosiva antitanque. No entanto, atualmente, ainda é necessária a aprovação de um ser humano.

wikimedia commons U.S. Marine Corps/Lance Cpl. Tyler Forti

Agora, o Pentágono já trabalha na criação de um “enxame de drones”. São centenas ou até milhares de drones autônomos, aprimorados por inteligência artificial, que transportarão equipamentos de vigilância ou armamentos.

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Segundo o ‘New York Times’, a ideia dos EUA é que esses drones sejam posicionados próximos à China para uma implantação rápida em caso de conflito.

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A intenção seria usar esses drones para neutralizar ou, no mínimo, diminuir a ampla rede de sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos que a China construiu ao longo de suas costas e ilhas artificiais no Mar do Sul da China.

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E esta é apenas uma das várias estratégias em andamento no Pentágono. A meta é ter milhares de drones econômicos, autônomos e por vezes letais em operação nos próximos um ou dois anos.

wikimedia commons Nehemia Gershuni-Aylho

Esses ‘drones assassinos’ devem ser capazes de continuar funcionando mesmo em situações em que os sinais de GPS e as comunicações estejam bloqueados.

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Apesar dos alertas, alguns especialistas argumentam que ataques totalmente automáticos, controlados por inteligência artificial, podem estar longe de acontecer.

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Isso porque, mesmo os algoritmos mais avançados ainda não são totalmente confiáveis, o que significa que não podem tomar decisões autônomas sobre 'vida ou morte'.

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