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Xodó nas festas juninas, veja a importância do milho na culinária brasileira


Por Flipar
Keith Weller/Wikimédia Commons

A data visa conscientizar sobre a importância do milho como fonte de alimento para seres humanos e animais. Ele apresenta uma cultura versátil, sendo utilizado não apenas como alimento básico, mas também como matéria-prima na produção de biocombustíveis, amidos, óleos e uma variedade de produtos industriais.

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Além disso, tem uma contribuição para a segurança alimentar, especialmente em regiões onde é uma fonte primária de nutrição. O dia internacional deste alimento mostra a importância na necessidade de preservar e aprimorar as práticas agrícolas relacionadas ao cultivo.

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O milho é absolutamente necessário na vida da sociedade moderna, notadamente concentrada no ambiente urbano (no mundo, cerca de 60%, e no Brasil, cerca de 85% da população vive nas cidades).

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Ele é um cereal rico em carboidratos e o segundo grão mais produzido no território brasileiro. É um alimento nutritivo, energético, rico em fibras e em compostos bioativos, que faz parte da culinária nacional.

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O milho pode ser verde, doce, de pipoca, grãos secos, estar em bebidas e usos industriais. Além disso, pode aparecer em bioetanol de amido, silagem e corte e pastejo. Usos que mostram a versatilidade dos diferentes tipos de milho cultivados no Brasil.

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A safra brasileira de grãos (2022/2023) está estimada em 77 milhões de hectares, 312 milhões de toneladas, e produtividade média de 4.048 kg/ha. O milho total equivale a 22 milhões de hectares e a 124 milhões de toneladas, com produtividade média de 5.617 kg/ha.

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Ao longo das últimas cinco décadas, a cultura do milho passou por uma verdadeira revolução no Brasil. Considerando o período a partir de 1976/1977, houve um crescimento de 83% da área plantada e de 484% da produção.

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Em 2023, a Embrapa comemorou 50 anos de implantação e de contribuições para a agropecuária brasileira. No caso do milho tropical, é relevante argumentar sobre entregas técnico-científicas, empreendedorismo e arranjos produtivos.

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Historicamente, a chegada do milho no Brasil teria ocorrido no século XVI, com a vinda dos portugueses para sua colônia na América do Sul. Eles costumavam comemorar a colheita do trigo, que acontecia durante o verão no Hemisfério Norte, entre junho e agosto.

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Desta forma, fizeram com que a celebração ocorresse com algo que fosse mais típico da terra onde estavam. Sendo assim, foi escolhido o milho, que já era consumido pelos índios nativos. A partir disso, o cereal se popularizou em todas as regiões do país.

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Esse tipo de cereal conta com alto valor nutritivo, sendo fonte de diversos tipos de vitaminas, Entre elas, a A (boa para a saúde dos olhos), C (que melhora a imunidade do organismo) e E (boa para reduzir risco de doenças cardíacas).

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O milho tem diversos benefícios para os seres humanos e os animais. Entre eles, proteger as células, reduzir os níveis de colesterol, prevenir problemas cardíacos e controlar a taxa de açúcar no sangue.

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O milho apresenta carotenóides ligados à prevenção de doenças degenerativas da visão, como a zeaxantina e a luteina. Os carotenóides presentes em maior concentração na região macular da retina do olho humano. O que mostra sua importância também na prevenção da cegueira.

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As fibras resultantes do processamento do milho por meio da moagem também possuem efeitos benéficos à saúde humana. Eles influenciam no perfil das lipoproteínas – conjunto de proteínas e lipídeos que ajudam o transporte da gordura pelo plasma – e nos níveis de colesterol sanguíneo

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Normalmente, no Dia do Milho os agricultores realizam festivais com demonstrações de comidas típicas feitas a base deste cereal, além de concursos de artesanatos feitos com partes da espiga do milho.

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Devido à importância que este alimento tem para o país, foi instituído o 24 de maio, um mês antes do São João, como o Dia Nacional do Milho, através da lei nº 13.101, de 27 de janeiro de 2015.

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No Nordeste do Brasil, o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no Semi-Árido. Outro exemplo disso está na população mexicana, que tem no milho o ingrediente básico para sua culinária.

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O uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal, isto é, cerca de 70% no mundo. Nos Estados Unidos, cerca de 50% é destinado a esse fim, enquanto que no Brasil varia de 60% a 80%.

Divulgação/Evonik

Embora seja versátil em seu uso, a produção de milho tem acompanhado basicamente o crescimento da produção de suínos e aves, no Brasil e no mundo. Fato esse relacionado com a demanda por esse grão, que é um ingrediente importante na composição das rações para esses animais.

Lucas Scherer/Embrapa/Divulgação

Além dos suínos e dos frangos, também fazem parte da demanda por milho para alimentação animal, os bovinos e os pequenos animais. O mercado para o uso desse cereal como alimento também para animais está em crescimento, visto a demanda de rações para os de pequeno e grande porte.

Divulgção

O milho pode ser utilizado de várias maneiras na nutrição animal, podendo ser oferecido in natura, processado, seco ou úmido. A trituração é o método mais difundido para a alimentação dos rebanhos, pois permite uma maior digestibilidade em comparação a outros formatos de consumo.

Reprodução do Facebook Fort Sal - Nutrição Animal

A indústria do milho atua ainda em variadas frentes, como: insumos à produção agrícola (produção de sementes); rações para alimentação animal e produção de amido.

Imagem de Stefano Ferrario por Pixabay

Além de produção de grits, fubá, flocos de milho, etc, e na área industrial de segundo processamento de produtos derivados do milho (snacks, cereais matinais, mistura para bolos, sopas, entre outros).

Imagem de Steve Buissinne por Pixabay

Outra sensação na culinária brasileira, que está sempre atrelada ao cinema e a um bom filme é o milho de pipoca. A principal característica do milho de pipoca é ser rico em fibras e quando feito sem óleos é um alimento de baixa caloria.

- Imagem de Annette por Pixabay

No Brasil, o milho se consolidou como um dos principais símbolos das festas juninas por ser a matéria-prima utilizada em inúmeros pratos dos festejos. Entre eles, pipoca, pamonha, canjica, cuscuz e milho cozido.

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A partir do mês de junho, começa a temporada de colheita do cereal nas plantações, com trabalhos que ocorrem até agosto. O cereal traz uma pluralidade na cozinha, visto que está presente em diversos momentos e receitas.

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Outra iguaria presente nas festas juninas que contém milho em sua receita é a pamonha. Ela é demandada pelos consumidores, que nela buscam alimentar a sua identidade e reforçar a territorialidade criada pelos grupos familiares.

Flickr Ricardo Barbosa

Por fim, além de cozido em si, outras comidas derivadas desse grão, como canjica, pamonha, pipoca, curau e o bolo de milho ou fubá, são servidas durante os festejos juninos e julinos.

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