Segundo a polícia, ao lado dela havia ainda o corpo do filho, este em estado de putrefação – um estágio menos avançado.
De acordo com informações de pessoas que moravam nas proximidades, a mulher tinha desaparecido havia cerca de um ano, enquanto seu filho estava sumido por aproximadamente seis meses.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) emitiu um comunicado informando que a Polícia Civil estava investigando o caso.
Segundo o comunicado, a Polícia Militar pediu a ajuda do Corpo de Bombeiros para entrar na casa, e uma equipe de peritos foi enviada ao local.
Os corpos foram descobertos em uma residência localizada na Rua Júlio Seco de Carvalho, no bairro Solemar.
A Polícia Militar foi chamada por um dos vizinhos, que notou um cheiro muito forte vindo da casa.
A mulher foi encontrada na cama, enquanto o filho estava no chão da cozinha.
Segundo o relatório da polícia do 3º Distrito da cidade, as vítimas foram identificadas como Maria Eugenia de Lourdes Morgado Gonçalves e Sergio Gonçalves Proença.
Os vizinhos disseram à polícia que a mulher devia ter perto de 94 anos e o homem, cerca de 48 anos.
Um homem que disse ser vizinho da família há 40 anos comentou que os moradores começaram a suspeitar do desaparecimento “repentino” dos dois.
'Estávamos desconfiados de que alguma coisa estranha tinha acontecido. Ela sempre estava aqui do lado de fora da casa, cumprimentando a gente, mas sumiu de repente', disse.
Outro vizinho da família afirmou que Sergio, assim como Maria Eugênia, costumava ser visto ao redor da casa, mas desapareceu de uma hora para outra.
'Eu não o via há uns seis meses… Eram bons vizinhos e, neste sentido, não deixavam nada a desejar. Pelo que estamos vendo, foi uma tragédia. Ele dizia que cuidava da mãe', relatou o vizinho.
A própria Polícia Militar informou que o corpo da idosa foi encontrado em “estado de mumificação” e o do homem, em “estado de putrefação”.
Esse não é o primeiro caso desse tipo no Brasil. Em maio de 2023, o corpo de uma idosa de 62 anos foi encontrado em estado de mumificação por um entregador de medicamentos na cidade de Mafra, Santa Catarina.
Segundo as investigações, a mulher estava desaparecida havia sete meses. Não havia sinais de sangue ou pegadas no imóvel e a hipótese é de que ela tenha morrido de causas naturais.
O termo 'estado de mumificação' se refere a um estágio avançado de decomposição do corpo humano, no qual os tecidos do corpo se desidrataram significativamente devido à perda de umidade.
Isso pode ocorrer quando o corpo é exposto a condições secas e com pouco acesso ao ar, o que faz com que a pele e os órgãos percam água, resultando em uma aparência ressecada e enrugada.
A mumificação é um estágio posterior na decomposição após o início da putrefação e é caracterizada pela preservação parcial dos tecidos.