Isso representa um aumento de 2,1 milhões de fardos (15%) em relação ao recorde de 2023.
Além disso, é um montante 31% acima da média dos últimos cinco anos.
A área de colheita deve alcançar 1,94 milhão de hectares, um aumento de 280.000 hectares (17%) em comparação com 2023.
A expectativa é de 1.874 kg de algodão por hectare, um aumento de 7% em relação à média dos últimos cinco anos.
A colheita começa em junho no estado de Mato Grosso, que responde por 73% da produção de algodão no Brasil.
Já a Bahia cultiva 17% do algodão produzido no país. O plantio ocorreu do final de novembro até o início de fevereiro no oeste do estado.
Em 2023 a produção de algodão do Brasil já havia crescido, atingindo 3,3 milhões de toneladas, alta de 5,1% em relação à safra anterior.
Um dos motivos para o crescimento da produção de algodão nos últimos anos é a maior lucratividade na comparação com a soja.
É um plantio mais demorado. Mas compensa. O lucro em um hectare de algodão equivale ao de quatro hectares de soja.
Outro motivo é o aumento da demanda com o retorno das atividades presenciais, o que acaba impulsionando a indústria têxtil.
Afinal, o uso mais básico do algodão é para confecção de fios e linhas, usados na fabricação de roupas, além de artigos de cama, mesa e banho.
Com a força da produção de tecidos, ganha-se também impulso na indústria da Moda, que, embora utilize tipos variados de materiais, também tem bastante foco no algodão pela qualidade e durabilidade do produto.
Mas o algodão também tem outros tipo de utilidade. Entre elas, a produção de óleo, que é uma alternativa ao óleo de soja no preparo de refeições.
O óleo vegetal de semente de algodão é rico em vitaminas D e E (andioxidante), além de ácidos graxos linolenico (ômega 3) e linoleico (ômega 6).
O algodão também serve para a fabricação de cosméticos. O óleo de sua semente é a base de óleos de essências e cremes hidratantes para a pele.
Da mesma forma o óleo de algodão pode servir para produção de sabão ou sabonete vegetal. Muitas pessoas gostam do tipo glicerinado, feito com base justamente em óleos vegetais, como o de coco e o de algodão.
As sementes de algodão, após a retirada da pluma, têm grande utilidade na nutrição de ruminantes (mamíferos herbívoros que mastigam o alimento que volta do estômago). São, portanto, usados como ração para bois, cabras e búfalos, entre outros animais.
Cerca de 65% do algodão brasileiro são de segunda safra, ficando entre as colheitas de soja e milho. Daí o predomínio de Mato Grosso, Bahia e Goiás.
Os maiores produtores mundiais de algodão são, nesta ordem, China, Ãndia, Estados Unidos, Brasil e Paquistão. Esses cinco paÃses responderam por 74% do total da fibra produzida no planeta na safra 2020.
Em 2023, o Brasil manteve a posição de segundo maior exportador mundial de algodão (atrás dos EUA) com 1,6 milhão de toneladas enviadas ao exterior de janeiro a dezembro. O Brasil movimentou uma receita de US$ 3 bilhões no ano.