Tornados passaram, inclusive, por estradas em Nebraska, pondo em risco motoristas que passavam na hora da tempestade. Vídeos nas redes sociais mostram um tornado bem perto de carros que estão na estrada.
O mês de abril de 2011 marcou a ocorrência de tornados que deixaram centenas de víimas nos Estados Unidos. Entre 25 e 28 de abril, houve destruição em vários estados, principalmente no Alabama. Ao todo, 342 pessoas morreram em seis estados.
Meteorologistas da Universidade Estadual do Colorado (CSU) previram recentemente que haverá uma temporada de furacões no Atlântico “extremamente ativa”, com mais de 20 tempestades ao longo de 2024. A previsão é de que cinco tenham ventos acima de 178 km/h. Segundo os estudos, isso vai ocorrer por causa das temperaturas quentes da superfície do mar aliadas à menor intensidade de ventos para dispersar as tempestades.
Em 2023, houve 20 tempestades, o quarto maior número desde 1950. Foram 7 furacões, sendo três de grande impacto. O mais prejudicial, o Idalia, destruiu a costa oeste da Flórida, causando inundações e deixando quase meio milhão de pessoas sem energia. Duas pessoas morreram.
Às vezes, um furacão é muito intenso, mas o número de mortes não é tão alto quanto o de outro, com menor velocidade. É que tudo depende de uma série de fatores, incluindo o alcance das inundações, os sistemas de proteção dos imóveis e a emissão de alertas pelas autoridades.
As tempestades tropicais podem ser classificadas de diferentes formas, conforme mostrou reportagem da BBC Brasil. O nome varia de acordo com a região. No norte do Oceano Atlântico e nordeste do Pacífico, são chamadas de furacões. No noroeste do Pacífico, tufões. No Pacífico Sul e Oceano Índico, ciclones.
As diferenças entre tornados e furacões são as seguintes: Os tornados duram apenas minutos enquanto os furacões podem levar dias. Tornados, mesmo breves, podem alcançar 500 km/h, o dobro de um superfuracão. Além disso, tornadoe são vistos na totalidade. Já os furacões não são vistos por inteiro devido ao seu gigantismo.
Além disso, há a questão da velocidade dos ventos. Um ciclone é catalogado como furacão ou tufão a partir de 119 km/h.
Veja agora grandes furacões que marcaram a história.
Furacão Allen - Em agosto de 1980 chegou a sustentar por um minuto a velocidade recorde de 310 km/h. Este furacão atingiu o Caribe, México e sul do Texas. Deixou 269 mortos.
Furacão Andrew - Em 24/8/1992, provocou devastação na Flórida com ventos de 280 km/h. O mesmo furacão também causou danos nas Bahamas e na Luisiana. Deixou 65 mortos.
Irma - Foi o primeiro a manter ventos acima de 297 km/h por mais de 24 horas, em 5/9/2017. Passou pelo Caribe, Cuba e Flórida. Matou diretamente 52 pessoas
Calcutá - Em 11/10/1737, provocou ondas gigantes, de até 13 metros de altura, no rio Hooghly, no delta do sagrado rio Ganges, na Índia. O ciclone circulou por 300 quilômetros no continente antes de se dissipar. Cerca de 350 mil pessoas morreram.
San Calixto - Em 9/10/1780, passou por Barbados, no Caribe, a mais de 320 km/h e deixou 4.500 mortos. O mesmo furacão atingiu Martinica, Santa Lúcia, Porto Rico e República Dominicana. Ao todo, foram cerca de 27 mil mortos.
Haiphong - Em outubro de 1881, causou destruição no cidade de Haiphong, no Vietnã, ao longo do litoral. Cerca de 300 mil pessoas morreram.
Mitch - Em 26/10/1998, atingiu seu auge, com ventos de 285 km/h. Durante duas semanas ele percorreu países da América Central, México e a Flórida. Deixou cerca de 18 mil mortos.
Maria - Em 16/9/2017, atingiu Porto Rico, transformando ruas em depósitos de destroços, danificando edifícios e cortando a energia elétrica de cidades.. A destruição material chegou a um prejuízo de 90 bilhões de dólares. Cerca de 3 mil pessoas morreram.
Nargis - Em 27/4/2008, percorreu países da Ásia. Causou devastação ao longo do delta do rio Irauádi, em Mianmar, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. O governo mianmarense declarou cinco regiões como áreas de desastre.. Cerca de140 mil pessoas morreram.
Galveston - Em 2/9/1900, teve ventos de até 251 km/h, na pequena cidade de Galveston, no Texas (EUA), perto do Golfo do México. Dos 38 mil habitantes, cerca de 12 mil morreram: quase 1/3. Décadas depois o local voltaria a ser atingido por furacões (em 1983 e 2008).
Furacão do Dia do Trabalho - Em 2/9/1935, um furacão atingiu a costa americana no feriado do Dia do Trabalho. Causou destruição na Flórida e deixou cerca de 600 mortos.
Bhola - Em 12/11/1970, causou inundação de muitas ilhas de pouca altitude do Delta do Rio Ganges, em Bangladesh. Matou entre 300 mil e 500 mil pessoas. Não houve número exato.
Nina - Em 2/8/1975, chegou a 185 km/h, provocando o colapso das barragens de Banqiao e Shimantan, na China, e causando inundações e destruição, principalmente, na cidade de Hualien. Cerca de 230 mil pessoas morreram
Katrina - Em 28/8/2005, o furacão que havia se formado no dia 23, atingiu seu pico. Os ventos de 280 km causaram devastação em Nova Orleans, EUA. Mais de um milhão de pessoas haviam sido evacuadas, pois houve alerta. Mas muitas insistiram em ficar em casa. Cerca de 1.800 morreram.
No Atlântico, a época de furacões ocorre entre 1º de junho e 30 de novembro. Época de muita preocupação nas regiões que costumam ficar no caminho das fortes tempestades tropicais.