O vice-presidente da Empresa Nacional de Dragagem Marinha dos Emirados Árabes, Nasser Al-Marzouqi, declarou que o oleoduto chegará a até dois mil quilômetros de profundidade.
O anúncio foi feito durante uma reunião de Al-Marzouqi com o ministro do Petróleo do Egito, Tarek Al-Molla.
O oleoduto ligará o Egito, paÃs do nordeste da Ãfrica, ao continente europeu.
Os acordos entre a empresa dos Emirados Árabes e o governo egípcio preveem uma série de projetos de desenvolvimento e energia sustentável na região do Oriente Médio.
Os oleodutos, assim como os gasodutos, são construções dotadas de extensas tubulações terrestres ou submarinas de aço e plástico.
Os dois sistemas de transporte energético têm papel estratégico no cenário geopolítico.
Eles abastecem de petróleo e gás países que não detêm esses recursos naturais.
Somados oleodutos e gasodutos, a rede mundial dessas conexões tubulares já passa dos 3,5 milhões de quilômetros.
A Europa tem uma dependência energética da Rússia não só em relação ao fornecimento de gás como também no caso do petróleo.
A Guerra desencadeada pela invasão russa à Ucrânia gerou uma crise no abastecimento de gás e petróleo, o que fez muitos países da União Europeia acelerarem os investimentos em energias renováveis.
O mais extenso oleoduto do mundo, com 8.900 quilômetros, é o Druzhba.
O primeiro duto do Druzhba vai da Rússia até a Bielorrússia, de onde partem dois ramais. Um deles se liga à Alemanha e à Polônia. O outro abastece Eslováquia, Hungria, República Tcheca e Ucrânia.
A Rússia também é importante fornecedora de gás e petróleo para a China. As redes de dutos entre os dois países se estenderam nos últimos anos, fruto da relação cada vez mais estreita entre Moscou e Pequim.
Os principais oleodutos do mundo estão concentrados no Oriente Médio.
As redes mais importantes de oleoduto chegam até o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Dessas localidades, o petróleo é distribuído em navios para diversas partes do mundo.
De acordo com dados da Global Energy Monitor de maio de 2023, 49% dos oleodutos em construção no mundo atualmente situam-se na África e no Oriente Médio.
Irã, China, Iraque e Índia são exemplos de países que têm concentrado esforços na expansão de artérias de oleoduto.
No início do seu mandato na presidência dos Estados Unidos, Joe Biden revogou a licença para a construção do oleoduto Keystone XL, que ligaria Alberta, no Canadá, a refinarias do Nebraska e se conectaria à rede já existente para desembocar no Texas.
O projeto foi alvo de protestos de ambientalistas e grupo indígenas, mas havia sido retomado no governo Donald Trump após suspensão pelo seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama.