Além de admirarem a beleza arquitetônica da monumental construção, os visitantes seguem o rito de atirar moedas nas águas que jorram de suas fontes.
A tradição sugere que ao jogar uma moeda com a mão direita sobre o ombro esquerdo na Fontana di Trevi o turista terá sorte para voltar a Roma.
Os passantes também aproveitam para rogar que desejos pessoais se realizem ao atirar as moedas.
As estimativas são de que diariamente as águas da fonte acumulem cerca de três mil euros - o que dá 90 mil euros por mês (quase R$ 500 mil, na cotação atual).
Em 2022, o total retirado do cartão-postal romano chegou a 1,4 milhão de euros (R$ 7,6 milhões). E o que é feito desse dinheiro?
De acordo com matéria da agência Reuters, a coleta das moedas é feita por empregados da empresa de Serviços Públicos Regionais (Acea) duas vezes por semana.
Os encarregados de “resgatar” as moedas utilizam longas vassouras e mangueiras de sucção.
Placas instaladas nos arredores da Fontana di Trevi indicam que os recursos são destinados à caridade.
A instituição que recebe a doação das moedas é a divisão de Roma da Caritas, organização católica.
Após as moedas passarem por secagem e limpeza, os religiosos fazem a contagem do dinheiro, que financia um banco de alimentos, um refeitório e projetos de ação social.
Obra barroca do escultor romano Nicola Salvi, baseada em projeto do napolitano Bernini, a Fontana di Trevi foi inaugurada em 1735.
Entre as esculturas que adornam a fonte, a mais deslumbrante é a estátua de Netuno - nome romano para o grego Poseídon, o deus dos mares e oceanos na mitologia.
Entre junho de 2014 e novembro de 2015, a Fontana di Trevi passou por um complexo processo de restauração e ficou fechada ao público.
No período, a prefeitura de Roma instalou uma ponte com uma pequena fonte para que os turistas pudessem seguir praticando o rito de jogar moedas.
A construção tem 20 metros de largura e 26 metros de altura, medidas que a fazem ser a maior fonte de Roma.
No cinema, a Fontana di Trevi foi cenário de famosa cena no filme “La Dolce Vita” (“A Doce Vida”), de Federico Fellini, icônico diretor italiano.
Na mítica cena, a atriz de Hollywood Sylvia Rank (vivida pela sueca Anita Ekberg) entra na água da fonte e convence o jornalista Marcello Rubini (Marcello Mastroianni) a copiá-la.
Em maio de 2023, a cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo, inaugurou uma réplica da Fontana di Trevi. A localidade tem forte presença de descendentes de italianos e a obra é uma homenagem a esse fato.